SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar tinha leve queda frente ao real nesta segunda-feira (1º), com as perspectivas para os juros tanto dos Estados Unidos quanto do Brasil -às vésperas da reunião de política monetária do Banco Central- dominando o foco de investidores, que seguiam de olho em temores internacionais de recessão.
Às 9h06 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,23%, a R$ 5,1609 na venda.
Na B3, às 9h06 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,31%, a R$ 5,2060.
O mercado de ações fechou julho dando sinais de forte recuperação, enquanto o dólar perdeu força com o esfriamento da economia dos Estados Unidos sugerindo a investidores que a política de elevações agressivas de juros no país pode estar chegando ao limite.
Esse contexto beneficia aplicações em renda variável, em desfavor da renda fixa atrelada ao dólar.
No Brasil, o índice Ibovespa subiu 4,69% no mês, o maior crescimento mensal desde março. A recuperação ocorreu após uma queda de 11,5% em junho -o pior desde o mergulho de quase 30% em março de 2020, quando o início da pandemia desnorteou investidores.
No fechamento desta sexta-feira (29), o indicador de referência da Bolsa de Valores brasileira avançou 0,55%, a 103.164 pontos. A melhor pontuação desde 10 de junho foi assegurada pela forte alta das ações de empresas do ramo petrolífero. Entre os principais destaques, os papéis preferenciais da Petrobras dispararam 5,76%.
O desempenho doméstico acompanhou o momento positivo do exterior, principalmente do mercado americano. Em Nova York, o indicador parâmetro S&P 500 saltou 9,11% em julho, atingindo o maior ganho mensal desde novembro de 2020.
No mercado de câmbio brasileiro, o dólar perdeu 1,12% em julho e, com isso, acumula uma queda de 7,22% neste ano.
Na quinta-feira (28), o governo americano informou que o PIB (Produto Interno Bruto) do país caiu a uma taxa anualizada de 0,9% no último trimestre. A expectativa do mercado era uma alta de 0,5%.
A segunda desaceleração trimestral consecutiva da economia dos EUA preenche o critério mais utilizado para classificar uma recessão.
Isso reduziu as apostas de investidores para altas mais agressivas na taxa de juros do Fed (Federal Reserve, o banco central americano).
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