REINALDO SILVA
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Com efeitos diretos sobre as atividades econômicas em todo o Brasil, a pandemia de Covid-19 agravou problemas crônicos, como o desemprego, a pobreza, a miséria e a insegurança alimentar. Foi preciso intensificar as políticas públicas de assistência social e investir em alternativas de garantia de condições básicas de sobrevivência para as parcelas mais atingidas da população.
Nesse contexto, as equipes das secretarias de Assistência Social tiveram e ainda têm papel fundamental, destacou o superintendente de Diálogo e Interação Social, do Governo do Estado, Mauro Rockenbach. Ele esteve em Paranavaí na manhã de quinta-feira (2) e conversou com profissionais de toda a Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense (Amunpar). Na ocasião, destacou que as dificuldades deverão persistir no período pós-pandemia.
A recém-criada Superintendência Geral de Diálogo e Interação Social (Sudis) é uma porta de entrada para a sociedade civil e o terceiro setor. É responsável pelo diálogo com a comunidade pensa em soluções práticas para grupos historicamente fragilizados e marginalizados. As políticas incluem povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos, negros, mulheres e a população LGBTI+.
E se a intenção é formular as estratégias de governo, é necessário ouvir o que as pessoas têm a dizer. O encontro de ontem, portanto, foi oportunidade para gestores e técnicos das secretarias municipais de Assistência Social apresentarem as demandas locais e buscarem, junto à Sudis, propostas para fortalecer o atendimento às comunidades mais vulneráveis de todo o Noroeste do Paraná.
Rockenbach avaliou a importância do diálogo e disse que torna as situações mais reais, fica mais fácil entender as dificuldades e buscar melhorias de forma conjunta. “Não se faz política pública de dentro do gabinete.” O que se busca com a atuação da Sudis, disse o superintendente, é uma maneira diferenciada de entender as questões sociais.
Conferências municipais – O prefeito de Terra Rica e presidente da Amunpar, Julio Leite, ressaltou que os trabalhos da Assistência Social são fundamentais e se tornaram ainda mais necessários durante a pandemia. As deficiências mais urgentes do sistema de atendimento e as questões de médio e de longo prazos foram discutidas durante as conferências municipais realizadas recentemente.
Os debates norteiam as políticas públicas em cada município e são levados para o âmbito estadual, para basear também as ações sociais no Paraná. Por isso, Julio Leite pediu ao representante do governo que “olhe as demandas apresentadas nas conferências municipais”.
Chefe do Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho, Marly Bavia também esteve presente no encontro de ontem. Avaliou que a mobilização das equipes dos municípios é essencial para alcançar resultados positivos nas políticas de assistência social. O setor é o carro-chefe para desenvolver ações de combate à desigualdade e à vulnerabilidade.