A Educação Superior em Maringá segue crescendo e contribuindo com a economia da cidade. Conforme dados da Secretaria de Fazenda do Município, o setor de educação gerou R$ 26,7 milhões em Imposto Sobre Serviços (ISS) no ano de 2021, contra R$ 14,2 milhões em 2019 e R$ 14,4 milhões em 2020. Do montante do último exercício, quase 80% foi do ensino superior, ou seja, R$ 20,8 milhões, mais do que o dobro do ano anterior, R$ 9,4 milhões.
Dados disponibilizados pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), com base no Censo da Educação Superior de 2019, indicam que a cidade conta com 12 instituições de ensino superior, sendo uma pública, a Universidade Estadual de Maringá (UEM), e onze particulares, que respondem por cerca de 70% dos estudantes do terceiro grau. Também existem instalados no município, 21 polos de Educação a Distância (EAD).
Essas instituições reúnem 34,4 mil alunos no ensino presencial e 15,5 mil na EAD. Dos aproximadamente 50 mil alunos do ensino superior no município, cerca de 35% são de fora, jovens que fixam residência na cidade enquanto estudam, movimentando um dos setores importantes da economia, que é o imobiliário.
“Os dados reforçam como Maringá é um centro importante de ensino na região e muitos estudantes, professores e famílias de outras cidades e até mesmo estados se mudam para o município para estudar”, observa o secretário de Fazenda do Município, Orlando Chiqueto. Ele destaca que a Educação Superior movimenta a geração de negócios na construção civil, setor imobiliário, bares, restaurantes, postos de combustíveis, livrarias e eventos, entre outros.
Avaliação – Na análise do presidente regional do Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi-Maringá), Marco Tadeu, em Maringá, facilmente se nota o crescimento imobiliário no entorno dos campi universitários e a procura por imóveis nessas regiões é bastante grande, tanto para compra quanto locação. “Para muitas imobiliárias, janeiro é o mês da ´safra`, porque é quando mais chegam universitários em busca de moradias”, comenta.
Outros setores que se beneficiam com a presença desse público são os de eventos e hotelaria. Só na parte de formaturas do terceiro grau, são dezenas por ano na cidade, movimentando ramos como o da alimentação, decoração, som e imagem, buffet, roupas de festas, o que gera, também, milhares de oportunidades de emprego.
No segmento de hotelaria, o presidente do Sindihotel, Genir Pavan, disse não ter dúvidas do quanto os universitários contribuem para fazer a economia local girar. “Olha, eu posso dizer que nós costumamos registrar um aumento de 35% na ocupação dos leitos de hotéis sempre que tem vestibular. Já durante as festas de formatura, nossa lotação costuma ser máxima, além de grande quantidade de outros eventos que as instituições promovem e trazem gente de fora”, afirma.