Alguns milênios separam Sócrates, Aristóteles e Platão dos grandes nomes pop da Filosofia contemporânea, que dominam as redes sociais e arrastam multidões para palestras e cursos. Mas a raiz do pensamento humano continua sendo a mesma: questionar o mundo e a vida, de onde as pessoas vieram e para onde elas estão indo.
De acordo com o que a ciência sabe até aqui, o ser humano é o único capaz de se compreender como um ser que existe e que, eventualmente, deixará de existir. Essa percepção é a base para suas decisões e escolhas e intriga de antropólogos a psiquiatras, até os tempos contemporâneos. E estudar sobre como esse pensamento se desenvolveu ao longo da história é fundamental para quem está prestes a enfrentar o Enem, os vestibulares e, por fim, a universidade.
De acordo com o coordenador pedagógico da Conquista Solução Educacional, Robson Ghedini, “estudar os principais filósofos é fundamental para construir uma base sólida de conhecimento, seja qual for a profissão que o estudante vai seguir”. Afinal, lembra o especialista, foram esses pensadores que permitiram o avanço civilizatório que trouxe a humanidade até aqui. Ghedini aponta 15 nomes da Filosofia que todo aluno do Ensino Médio precisa conhecer.
- Tales de Mileto – A busca pela essência do universo (physis), fez com que ele definisse a água como elemento primordial que constitui tudo aquilo que existe na natureza.
- Heráclito – Heráclito de Éfeso (540-470 a.C.), conhecido como o Obscuro, foi um filósofo grego que desenvolveu seu pensamento tomando como base o tempo.
- Parmênides – Contemporâneo de Heráclito, Parmênides de Eleia (530-460 a.C.) desenvolveu sua Filosofia em oposição ao pensamento do colega. Para ele, o movimento é uma ilusão causada pelos sentidos. “Na verdade, nada muda, tudo permanece”.
- Sócrates – Embora não seja o primeiro filósofo da história, Sócrates (469-399 a.C.) é um nome tão importante que se tornou conhecido como o “pai da Filosofia”.
- Platão
Platão foi o principal discípulo de Sócrates e seu pensamento é um dos pilares da cultura ocidental.
- Aristóteles – Por sua vez, Aristóteles foi um discípulo crítico de Platão. Ele ficou muito conhecido no mundo antigo, tornando-se até mesmo professor do imperador Alexandre, o Grande.
- Santo Agostinho – Agostinho de Hipona (354-430 d.C) foi um importante pensador da Filosofia cristã desenvolvida na Idade Média.
- São Tomás de Aquino – Tomás de Aquino (1225–1274) foi o principal filósofo do período da Filosofia escolástica. Enquanto Agostinho de Hipona resgatou o pensamento de Platão e o ligou à religião cristã, Tomás de Aquino fundamentou sua Filosofia cristã no pensamento de Aristóteles.
- Maquiavel – O filósofo Maquiavel marca o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna. Sua obra principal, o livro “O Príncipe”, é uma revolução no pensamento sobre a política.
- Descartes – René Descartes (1596–1650) é conhecido como o “pai do pensamento moderno”. É com ele que o pensamento racional atinge o patamar de superioridade a outras formas de compreensão. É assim que Descartes inaugura a corrente do racionalismo.
- Locke – John Locke (1632–1704) é conhecido como o “pai do liberalismo”. Foi ele quem primeiro afirmou que o direito à propriedade é um direito natural dos seres humanos.
- Kant – Um dos principais filósofos da Idade Moderna, Immanuel Kant (1724–1804) buscou criar uma revolução do conhecimento filosófico, assim como Copérnico fez com a Física.
- Hegel – Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770–1831) foi um filósofo idealista alemão. É considerado um marco da Filosofia moderna e uma influência para todo o pensamento que veio depois dele.
- Nietzsche – Friedrich Nietzsche (1844-1900) foi um pensador alemão que se dedicou a criticar duramente a tradição filosófica e a cultura ocidental, sobretudo, a moral judaico-cristã.
- Simone de Beauvoir – Importante pensadora do século XX, Simone de Beauvoir (1908–1986) foi uma filósofa feminista do existencialismo francês. Seu livro “O Segundo Sexo” é uma das principais obras do século passado. Nele, a filósofa desenvolve uma teoria crítica da sociedade que nega a mulher como sujeito.