REINALDO SILVA / reinaldo@diariodonoroeste.com.br
Na segunda-feira (29 de agosto), foi apresentado na Câmara de Vereadores de Paranavaí um requerimento assinado por Carlos Alberto João, o Professor Carlos. No documento, o parlamentar pede esclarecimentos ao Poder Executivo sobre a retirada de terra do Aeroporto Municipal Edu Chaves. Questiona: “Qual a finalidade?”.
O documento traz outras indagações, por exemplo, se a prática exige licença ambiental e, se for caso, pede que os documentos sejam apresentados. O Diário do Noroeste não conseguiu contato com a chefia regional do Instituto Água e Terra (IAT) para confirmar a situação.
Consta também no requerimento: “Os buracos deixados nas laterais da pista são permitidos pelos órgãos fiscalizadores da aviação?”. Em caso de resposta negativa, o pedido é para que haja uma justificativa acompanhada dos prazos estipulados para a normalização do terreno.
O texto será votado pelos vereadores na próxima sessão ordinária, dia 5 de setembro. Se for aprovado, seguirá para o Poder Executivo, que deverá responder os questionamentos. A equipe do DN pediu informações à Prefeitura de Paranavaí e foi avisada que a situação será verificada.
Segundo o Professor Carlos, autor do requerimento, os moradores do entorno “não aguentam tanta poeira”. Ele teria conversado com profissionais da aviação, que explicaram que não pode haver buracos na lateral da pista do aeroporto, porque em caso de aterrisagem mal sucedida, a aeronave precisa usar o espaço para fazer manobras com segurança. “Imagina se fura um pneu? Aviões leves, por exemplo… A situação é grave.”
Revitalização – Está prevista para esta quinta-feira (1º) a licitação para contratar a empresa responsável pelo recapeamento asfáltico da pista do aeroporto. O objetivo é permitir pouso e decolagem de aviões maiores em Paranavaí; com o município incluído em rotas aéreas comerciais, seria possível atrair novos investimentos e fortalecer a economia.
Ainda sobre os investimentos previstos no Aeroporto Edu Chaves, no dia 22 de agosto a Câmara de Vereadores aprovou um projeto de lei que dispõe sobre a metragem mínima dos hangares. Antes, eram 800 metros quadrados, a partir da sanção do texto, serão 400 metros quadrados.
A expectativa é que a redução estipulada por força legal viabilize a deflagração de nova licitação para a concessão de uso do espaço, de modo a ocupar e desenvolver aquela área. Em 2018, o edital que previa investimentos privados em hangares de 800 metros quadrados não atraiu empresas interessadas.