Fatos e fotos do tempo de Jesus.
Atrás das fotografias se vê a realidade da época. Jesus usa parábolas, parte de algo conhecido por todos, Jesus parte da realidade.
FOTOS:
Mt 20,3-7: Situação de desemprego, patrão que não conhece a realidade.
Mt 21,33: Arrendamento de terra aos meeiros. O dono da terra não mora na propriedade; ou moram no estrangeiro (romanos) ou na capital. As vinhas na sua maior parte pertencem aos saduceus.
Mt 18 23-26: Povo cheio de dívidas. Lei que permite colocar na prisão os devedores, permite ser escravizados – sistema opressor.
Mt 18,28-30: Pobre explorando pobre (aproveita-se da lei injusta para explorar e oprimir o outro).
Mt 21,34-39: Morte do fiscal – situação de opressão que leva ao banditismo – situação dupla – o povo com a corda no pescoço parte para a violência.
Mt 25,26: Busca de lucros – já existem bancos. Patrão exigente que exige mais do que o empregado lhe possa dar.
Lc 16,19-21: Diferenças sociais – ricos: púrpura, festa. Pobres: úlceras, feridas.
Quem tem nome é o pobre e não o rico. Riqueza que ofende os pobres – contraste social.
Lc 10,30: Aparece já a questão da insegurança e da violência (nas estradas), provocadas pelo sistema injusto.
– Oferta da viúva e do rico.
– O filho pródigo.
– O administrador infiel.
FATOS:
Mc 6,23-28 – O fato mais claro no texto é o abuso do poder. Herodes é
Rei por mais de 40 anos. Poder arbitrário. João não tem nenhuma defesa; sua morte é a mais arbitrária possível. Há uma total impunidade que não tem controle popular sobre o poder. Daí a insistência de Jesus sobre o poder como serviço. Quando assim não for o poder desanda e passa a ser instrumento de opressão e arbitrariedade.
Lc 13,1-3 – Pilatos quer provocar os judeus. É o poder opressor de Roma em cima do povo.
Mt 17,24-25 – Jesus pagava o imposto do templo. Havia um duplo
imposto; o que era pago pelo fato de serem estrangeiros em relação a Roma. E o imposto do templo, 50% de toda a produção era do fisco.
Mc 11,27-28 – Liberdade – Jesus não abre mão de sua independência, não permite que as autoridades condicionem sua ação. Não se deixa controlar e nem ser manipulado. Havia uma espécie de censura e controle sobre o povo.
IMPOSTOS:
Tributo: 25% do produto das colheitas para os romanos. De 4 sacas de trigo, uma devia ser entregue aos romanos.
Público: Era o tipo de taxa sobre a circulação de mercadoria.
A nona: Era um imposto pago em dinheiro ou em serviço para sustentar os soldados romanos que moravam nos quartéis.
SITUAÇÃO POLÍTICA:
Herodes – era o rei dos judeus. Só fazia o que os romanos queriam.
Sumo- sacerdote – escolhido pelas autoridades romanas, dominava o Templo e o Sinédrio.
Sinédrio – Era o Congresso – o poder legislativo – funcionava como tribunal. Era lá que se tomava certas decisões.
O Governador: Era uma espécie de interventor, colocado pelos romanos. Aparecia em Jerusalém somente em épocas de festa quando havia grandes concentrações, porque nessas ocasiões podia haver revoltas.
Saduceus: grandes comerciantes e latifundiários. Não acreditavam na ressurreição. (Mc 12,18-27). Achavam que a riqueza era uma benção de Deus. Chamavam os pobres de “amaldiçoados”
Escribas e fariseus: Acima de tudo estava a Lei. (Cumprimento da Lei) Tinham raiva do povo, porque o povo não cumpria as leis. (Lc 11,37-53) Os Escribas faziam as interpretações.
Zelotes – eram os revoltosos.
Palestina:
Dimensões: 250 Km norte-sul; o máximo 100 Km este-oeste.
Superfície: 34000 Km² (menor que o Espírito Santo)
População no tempo de Jesus de 600 a 700 mil habitantes.
Jerusalém sem os peregrinos teria 25 a 30 mil habitantes.
Frei Filomeno dos Santos O.Carm.