REINALDO SILVA / reinaldo@diariodonoroeste.com.br
O Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos Estaduais dos Serviços de Saúde e Previdência do Paraná (SindSaúde-PR) está convocando os profissionais da enfermagem para um dia de paralisação e protesto. As manifestações deverão ocorrer em todo o Estado nesta quarta-feira (21).
A data foi batizada de “Dia D da Enfermagem” e faz parte do calendário de lutas pela implantação do piso salarial nacional, aprovado pela Emenda Constitucional 124. A decisão foi tomada após o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmar a suspensão do pagamento do novo valor por 60 dias, prazo para que municípios, estados e Governo Federal apontem quais serão as fontes de recursos e os impactos sobre os cofres públicos.
Na última sexta-feira (16), mais de 70 pessoas participaram da assembleia geral extraordinária organizada pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Paranavaí e Região (Sindesp) e escolheram aderir ao movimento. Fariam uma nova reunião antes de quarta-feira a fim de acertar os detalhes da paralisação.
A princípio, a interrupção dos serviços terá o apoio e a participação dos trabalhadores da enfermagem que atuam no setor público. Os profissionais de empresas privadas estudam adotar um sistema de revezamento de turnos, com redução de carga horária.
No dia 10 de setembro, aproximadamente 300 pessoas de diferentes municípios se reuniram em Paranavaí e saíram em passeata pelas ruas centrais. Foi o primeiro ato de trabalhadores da região para reivindicar o pagamento do piso salarial, sancionado em agosto pelo presidente Jair Bolsonaro. Os protestos se espalharam por todo o País.
De acordo com o SindSaúde-PR, o Fórum Nacional da Enfermagem estabeleceu como pauta da paralisação desta quarta-feira reivindicar que o Congresso Nacional aprove os projetos de lei que indicam as fontes de financiamento para o pagamento do novo valor salarial. Os textos já se encontram em tramitação.
A lei do piso da enfermagem prevê que enfermeiros contratados em regime de Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) recebam, no mínimo, R$ 4.750 mensais. Já o piso de técnicos de enfermagem passa a ser de R$ 3.325 e o de auxiliares e parteiros, R$ 2.375.