REINALDO SILVA
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O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Paranavaí e Região (Sindesp) confirmou: em assembleia geral extraordinária realizada no dia 16 de setembro, os profissionais de enfermagem decidiram paralisar os serviços nesta quarta-feira (21), das 7h às 22h, em defesa do piso salarial.
Durante o período de paralisação, os trabalhadores manterão o quantitativo mínimo de 50% dos serviços, com o propósito de assegurar os atendimentos essenciais à população.
O comunicado se estende a Alto Paraná, Amaporã, Cruzeiro do Sul, Diamante do Norte, Guairaçá, Inajá, Itaúna do Sul, Jardim Olinda, Loanda, Marilena, Mirador, Nova Aliança do Ivaí, Nova Esperança, Nova Londrina, Paraíso do Norte, Paranacity, Paranapoema, Paranavaí, Planaltina do Paraná, Porto Rico, Querência do Norte, Santa Cruz de Monte Castelo, Santa Isabel do Ivaí, Santo Antônio do Caiuá, São João do Caiuá, São Pedro do Paraná, Tamboara e Terra Rica.
De acordo com a presidente do Sindesp, Raquel Prestes de Mello, os trabalhadores deverão se concentrar em frente à Santa Casa de Paranavaí ao longo do dia. A paralisação dos serviços no Noroeste do Paraná segue uma deliberação das entidades de classe de todo o Brasil.
Apesar da decisão tomada pelos profissionais da enfermagem em assembleia, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Paranavaí (Sinserpar) recomendou “que os servidores do município não a realizem, tendo em vista que no âmbito municipal não ocorreu até o presente momento nenhuma violação de direitos que embase tal paralisação”.
No comunicado, o presidente da entidade sindical, Gabriel Luiz, reiterou apoio à luta da enfermagem. “Informamos que estamos diligentes quanto às movimentações em todos os cenários e caso tenha qualquer mudança ou novidade estaremos prontos para agir em prol do servidor.”
No documento, o Sinserpar relembrou que “o município de Paranavaí, conforme determina a emenda constitucional 125/2022, possui prazo até o início de 2023 para implantar o piso, como o mesmo se manifestou que irá aplicar o piso em janeiro de 2023, mesmo com a suspensão, neste momento no âmbito municipal não logrou de imediato nenhum prejuízo, haja vista que o prazo final para implantação ainda não se esgotou”.
Esta quarta-feira foi batizada de “Dia D da Enfermagem” e faz parte do calendário de lutas pela implantação do piso salarial nacional, aprovado pela Emenda Constitucional 124. A decisão de paralisar as atividades foi tomada após o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmar a suspensão do pagamento do novo valor por 60 dias, prazo para que municípios, estados e Governo Federal apontem quais serão as fontes de recursos e os impactos sobre os cofres públicos.