*Ariane Maria Machado de Oliveira
Assim como todos os outros aspectos da nossa vida cotidiana o dinheiro também vem passando por uma digitalização cada vez maior, sendo possível que num mês você receba o seu salário, pague suas contas e faça suas compras sem ter contato com o dinheiro físico uma única vez. A utilização de cartões e as transferências via Pix já fazem parte da nossa vida cotidiana e estão mudando a relação que temos com o papel-moeda. Nessa esteira de transformações surgiram as criptomoedas. Mas, ao contrário das transações digitais que fazemos com cartão e pix que são atreladas ao Real, nas criptomoedas o seu valor não está atrelado ao dinheiro pois elas têm valores próprios que variam de acordo com o mercado de compra e venda das mesmas.
O nome criptomoeda tem origem na criptografia, que é a tecnologia utilizada para proteger e manter sigilo nas transações e interações online. Nas criptomoedas estas transações ocorrem protegidas pelo sistema de Blockchain, nesse cada bloco (block) tem informações sobre todas as transações, estes blocos ficam ligados em uma corrente (chain) e a cada transação todos eles devem registrar e verificá-las garantindo a segurança, como o banco faz tradicionalmente. Desta maneira cada bloco tem todas as informações necessárias e mesmo que um deles seja corrompido a informação está garantida pois todos tem todas as informações. Desta maneira não é preciso de bancos para as transações. Estas transações geram um “crédito” pelo serviço e este valor gerado é convertido em criptos, e por isso é possível minerá-las. Grandes redes de computadores ficam realizando estas transações e assim recebendo mais criptomoedas pelos serviços prestados.
De qualquer forma ainda são poucas as possibilidades de uso das criptos para a compra de produtos, sendo que a grande parte das movimentações ocorre na compra e venda das mesmas, similar ao que acontece com o mercado de cambio. Investidores compram as moedas aguardando a valorização para vendê-las a preços mais altos e lucrar. No entanto desde o final do ano passado as duas principais criptomoedas – o Bitcoin e o Ethereum – vêm sofrendo uma forte desvalorização. Movimentos como o do governo americano de regulamentação das cripto, golpes de corretoras e uma desconfiança do mercado são alguns dos motivos.
Essa é uma das principais características do mercado de criptomoedas, a volatilidade. Os valores variam de forma brusca e rápida fazendo com que investidores possam ganhar ou perder dinheiro muito rapidamente, e assim como em outros investimentos tradicionais, quando há a possibilidade de ganhos rápidos o risco é sempre maior.