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DIABETES INFANTIL

Seis fatos que você não sabia sobre essa doença

Setembro é o mês escolhido para a conscientização e combate à obesidade infantil. Entre diversos distúrbios e doenças, a diabetes se destaca entre os perigos mais alertados durante a campanha Setembro Laranja.

De acordo com dados da International Diabetes Federation (IDF), todos os anos mais de 98 mil crianças são diagnosticadas com a diabetes tipo 1 – um número cerca de 14 vezes maior quando comparado a 10 anos atrás. No ranking mundial, o Brasil fica depois somente de EUA e Índia, com mais de 95 mil casos em tratamento.

A diabetes é uma doença metabólica complexa, provocada por vários fatores e causas diferentes, que têm em comum a hiperglicemia ou excesso de glicose no sangue. De acordo com o Dr. Martim Elviro de Medeiros Junior, professor no curso de medicina da Faculdade Santa Marcelina, os riscos associados à doença são muitos, desde de complicações agudas, como a cetoacidose diabética, o coma hilerosmolar e hipoglicemia, até problemas crônicos como cegueira, amputação de membros, AVC, infarto e insuficiência renal.

Abaixo listamos seis fatos sobre a diabetes infantil que você precisa saber para estar informado sobre o tema.

 

Desenvolvimento na primeira infância – Geralmente, a criança desenvolve a chamada diabetes tipo 1, que é uma doença autoimune onde o organismo produz anticorpos que agridem o pâncreas – órgão responsável pela produção de insulina. Sem a insulina, a glicose não consegue penetrar no interior das células e geram seu excesso na corrente sanguínea. “Recentemente, com o aumento da obesidade infantil, crianças e adolescentes começaram a desenvolver diabetes não por falta de insulina, mas porque a obesidade centrípeta, acumulada na cintura, faz com que a insulina tenha dificuldade em fazer a glicose penetrar nas células, gerando hiperglicemia”, explica o docente.

 

Genética – A diabetes tipo 1 é mediada por genes de histocompatibilidade, que podem ser passados de pais para filhos. No entanto, afirma Martim, a genética, apesar de exercer um papel no desenvolvimento da doença, não é determinante. “Hábitos saudáveis, tanto na alimentação quanto no estilo de vida, com a prática de exercícios, podem ser um divisor de águas para a criança propensa à doença, principalmente na diabetes tipo 2”.

 

Prevenção – A chave para a prevenção da doença, tanto para crianças quanto adultos, é o desenvolvimento de hábitos saudáveis e visitas regulares a um médico de confiança – especialmente frente a sintomas suspeitos. “É vital que se evite o sedentarismo e se cultive uma alimentação equilibrada. A obesidade, somada ao histórico familiar, é, hoje, o principal indicador de risco para a diabetes em crianças e adolescentes”, completa.

 

Estresse – De acordo com uma pesquisa divulgada no jornal Diabetologia, crianças que sofreram experiências traumáticas, que podem ir desde o divórcio dos pais a situações mais graves, como abusos, têm até três vezes mais chances de desenvolver diabetes tipo 1. “O estresse, sem dúvida, contribui, pois aumenta a secreção de um hormônio chamado glucagon que atua momentaneamente bloqueando a ação da insulina”, alerta o médico.

Sintomas – Alguns dos principais sintomas são o aumento da fome e sede, maior necessidade de urinar, visão embaçada, cansaço, sonolência, até a dificuldade no aprendizado. No entanto, completa o professor, nem sempre é fácil identificar sinais precoces de diabetes nas crianças. “Muitas vezes, a doença já se inicia com a forma de uma urgência em que a criança abre um quadro de cetoacidose – glicemia muito alta, hálito cetônico, respiração acelerada, torpor ou desmaio”.

 

Tratamentos e primeiros passos – A diabetes tipo 1 pode ser controlada com injeções de insulina, uma dieta regular e exercícios físicos. É importante ressaltar que a taxa de açúcar deve ser controlada várias vezes ao dia através da glicemia de ponta de dedo. No entanto, o Dr. Martim finaliza ressaltando a importância de um tratamento multiprofissional. “A equipe, idealmente, deve incluir médico, nutricionista, educador físico e enfermeiro. E é fundamental envolver a família toda no tratamento. Desse modo, a chance de sucesso aumenta muito!”.

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