Dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) revelam que, em 2022, a cobertura vacinal para a tríplice bacteriana, imunizante que protege contra coqueluche, difteria e tétano, é de apenas 44% no Paraná – ela faz parte do calendário obrigatório de vacinação para grávidas e a meta de cobertura vacinal é de 95%.
O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, destaca que toda vacina possui sua importância. No caso dos imunizantes para gestação, elas protegem não somente a mãe como também o bebê em formação.
“Esses números são preocupantes, uma vez que estão muito distantes da meta, estipulada em 95%. Por isso, fazemos um apelo, com muita preocupação, para que as gestantes possam comparecer ao posto de vacinação mais próximo e solicitar o imunizante. Vacinas são seguras e salvam vidas”, alerta o secretário.
O imunizante, também conhecido como dTpa ou vacina tríplice bacteriana acelular do tipo adulto, é ofertado a partir da 20ª semana (5º mês) de gravidez, protegendo não apenas a mãe, como fornecendo imunização passiva contra coqueluche ao bebê que ainda está no útero, assim como ao recém-nascido. A vacina deve ser administrada uma vez a cada nova gestação.
GRAVIDEZ – Além de outras especificidades, é comum observar uma relativa diminuição na imunidade durante o período gestacional. Essas alterações tendem a se manter ao longo da gestação, com retorno gradual à normalidade imunológica após o parto.
“Embora a vacina esteja disponível também para trabalhadores de saúde, ela recebe uma atenção especial para o caso da população gestante, sobretudo pela relação entre a mãe e o bebê. Nesse período, a imunidade da criança encontra-se em uma condição primária, ainda em formação, daí a necessidade ainda mais evidente da proteção”, explica a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesa, Acácia Nasr.
DOENÇAS – Geralmente, a transmissão da difteria e coqueluche ocorre por meio de gotículas de secreção respiratória que podem decorrer por meio de tosses, espirros ou até mesmo durante uma conversa.
Já o tétano neonatal acontece por meio de contaminação do coto umbilical com esporos da bactéria, podendo estar presente em instrumentos que não receberam esterilização adequada. Em todos os casos, a Sesa reforça a importância da imunização como principal ferramenta de prevenção, podendo impedir agravamento das doenças e até mesmo o óbito.
Além da tríplice viral, outras vacinas de rotina para as gestantes são a Hepatite B concomitante e a Difteria e Tétano (dT).
FONTE: Agência Estadual de Notícias