O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil e corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no país, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). A entidade prevê que 2022 termine com um balanço de 185,6 mil novos casos da doença.
Provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células, o câncer de pele pode ser identificado de acordo com a camada em que o tumor está localizado – epiderme, derme ou hipoderme. “Os tipos mais comuns de câncer de pele são o carcinoma basocelular (CBC), o carcinoma espinocelular (CEC) e o melanoma e, cada um deles, se manifesta de maneira diferente. Por isso, é necessária atenção aos sintomas”, explica a dermatologista credenciada Omint, Luciane Scattone.
O CBC é o mais comum de todos os tipos e o mais fácil de tratar, já que não costuma se espalhar e geralmente apresenta lesões vermelhas que podem sangrar e até mesmo coçar. Já o CEC surge em áreas mais expostas ao sol, mas atinge as camadas um pouco mais profundas da pele em que pode haver contato com a corrente sanguínea. “Nesse caso, o paciente pode chegar com uma queixa de uma área de ‘aspereza’ na pele que, mesmo retirando, volta”, sinaliza a dermatologista. Por fim, o melanoma, mais raro entre os cânceres de pele e o mais grave, é caracterizado por pintas de cor escura, com bordas irregulares.
São diferentes tipos de câncer de pele, mas todos têm algo em comum: se diagnosticados precocemente, as possibilidades de cura chegam a 100%. Por isso, fazer avaliações médicas de rotina e ficar atento a qualquer mudança na pele, é essencial.
Filtro solar é necessário todos os dias – É comum colocar o sol como principal vilão quando o assunto é câncer de pele, até porque a exposição excessiva ao sol é um fator de alto risco para a doença. Porém, vale destacar que mesmo na sombra e dentro de casa o cuidado é necessário.
Segundo Scattone, mesmo em locais protegidos do sol é recomendado o uso do filtro solar. “Além de influenciar no envelhecimento da pele, o mormaço e as luzes artificiais, como lâmpadas e computadores, podem ocasionar outros problemas, como Melasma”, alerta. Isso acontece, pois essas luzes são responsáveis por uma radiação que pode piorar doenças de pigmentação da pele.
Por este motivo, o uso de protetor solar é indicado não somente quando há exposição ao sol, mas como uma rotina de cuidados que pode prevenir o surgimento de doenças de pele. “Hoje existem diversas opções seguras e interessantes, como é o caso do protetor solar com cor que protege ainda mais que os comuns e pode ser usado por homens e mulheres de qualquer idade. Também é bom lembrar que devemos escolher um protetor solar que tenha um amplo espectro, ou seja, um protetor que proteja contra os raios UVA e UVB, com fator de proteção solar (FPS) de no mínimo 30.”, finaliza a médica.
Dezembro Laranja – A campanha do Dezembro Laranja, organizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), promove a conscientização a respeito dos riscos do câncer de pele, orientando a população a manter hábitos adequados de proteção solar (fotoproteção) e a realizar regularmente visitas ao dermatologista para obter uma avaliação especializada.
Neste ano, a campanha tem como foco alertar para a necessidade de cuidados de prevenção permanentes, seja nos momentos de lazer (na praia, nos parques, entre outros), mas também durante a rotina diária, inclusive no dia a dia de afazeres do trabalho.