Nos últimos anos, o setor varejista tem percebido que, cada vez mais, os consumidores buscam praticidade e comodidade e um modelo de negócio tem chamado a atenção: o autoatendimento. De acordo com a pesquisa “Self-Checkout System Market Report”, efetuada pela Global Market Insight, este segmento deve registrar um crescimento de 11% ao ano até 2027, quando alcançará o valor de US$ 6,5 bilhões.
Neste cenário, Eduardo Córdova, CEO do market4u, rede de minimercados autônomos que opera por meio do conceito de honest market em condomínios residenciais e comerciais, ressalta três motivos pelos quais o autoatendimento está apenas começando a ganhar espaço no Brasil. “Embora o modelo de negócio já seja muito comum no estrangeiro, o mercado brasileiro ainda está compreendendo e se afeiçoando aos benefícios que o setor proporciona, inclusive, o autoatendimento tem despertado a atenção de grandes varejistas do segmento tradicional”, explica.
- Disponibilidade
Entre as principais vantagens do autoatendimento, que estão caindo no gosto dos consumidores, está a disponibilidade. “Esse modelo de negócio funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana e isso possibilita que o cliente efetue compras ou usufrua de serviços no momento em que ele achar mais pertinente. Vai além da liberdade de escolha, alcança também a comodidade”, comenta Córdova.
- Autonomia
Outro aspecto que tem feito muitos consumidores optarem pelo autoatendimento é a autonomia que ele proporciona, uma vez que tudo é feito digitalmente e não exige o auxílio de um atendente. Segundo o executivo, esse atributo é um dos preferidos dos idosos, que se sentem mais independentes. “Na nossa rede, por exemplo, o público 60+ é o que apresenta maior recorrência de compra e ticket acima da média”, revela.
- Baixo custo operacional
A lista de benefícios não para por aí. De acordo com Córdova, as vantagens do modelo de negócio contemplam também os empreendedores que investem no segmento. “Essa modalidade dispensa a necessidade de funcionários, o que diminui o número de pessoas envolvidas nas operações e, por consequência, reduz os gastos do empreendedor”, explica.
O especialista considera, ainda, que o mercado de autoatendimento é promissor e seguirá na lista de tendências do varejo brasileiro. “É um modelo de negócio sólido, sem promessas impossíveis e que conta com muita tecnologia embarcada, por isso, acredito que ainda veremos grande desenvolvimento do setor nos próximos anos”, finaliza Córdova.