REINALDO SILVA
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O superintendente regional do Governo do Estado no Noroeste, Rogério Lorenzetti, informou que a Secretaria de Saúde (Sesa), os gestores municipais e a diretoria da Santa Casa estão buscando formas de sanar as deficiências na oferta de cirurgias eletivas. “Tudo caminha para uma solução.”
Preferiu não adiantar os detalhes, pois ainda é necessário fazer ajustes, mas garantiu que a prioridade é alcançar entendimento o mais rapidamente possível.
Esta semana, Lorenzetti viajou a Curitiba e foi até a Secretaria de Saúde para tratar do assunto. Conversou com a equipe técnica e percebeu “boa vontade em resolver a questão”.
Antes o superintende regional havia conversado com diretores da Santa Casa para entender por que a meta de 312 cirurgias eletivas por mês não foi atingida, mesmo depois de mais de um ano de funcionamento da Unidade Morumbi.
Um dos motivos para o desempenho abaixo do esperado é a falta de exames e laudos pré-operatórios, atribuição dos municípios. Há pessoas que chegam com a documentação desatualizada ou sem as devidas avaliações médicas.
Outro problema é o processo de regulação de vagas, incumbência da Secretaria da Saúde. O agendamento dos pacientes depende de uma série de etapas burocráticas que dificultam o processo.
A indisponibilidade de profissionais em algumas especialidades também é fator de preocupação para a Santa Casa.
Penalidade – A cada mês em que a meta de 312 cirurgias eletivas por mês não é cumprida, a Santa Casa sofre uma penalidade prevista no contrato, a redução no valor repassado ao hospital pelo Governo do Estado. É como se fosse preciso pagar multa por não cumprir os termos do acordo.
A pedido da diretoria da Santa Casa e diante das dificuldades para acertar a dinâmica desde o encaminhamento do paciente até a efetivação da cirurgia eletiva, Rogério Lorenzetti pretende interceder junto à Sesa para baixar o percentual da multa.
Etapas – No começo da semana, a secretária de Saúde de Paranavaí, Andréia Vilar, conversou com os vereadores e resumiu as etapas desde o primeiro atendimento, na unidade básica de saúde do município, até o procedimento operatório.
“O paciente vem da UBS, passa pela regulação da Secretaria de Saúde, depois é encaminhado para a especialidade de acordo com o grau de urgência.”
Quando o paciente está na fila de espera, cabe ao município fazer a avaliação pré-operatória, com laudos de cardiologista e anestesista e exames laboratoriais e de imagem. Tendo toda a documentação pronta, é feita uma auditoria e só então a pessoa é encaminhada para a cirurgia.
Ao falar com os parlamentares durante a sessão ordinária de segunda-feira, Andréia Vilar afirmou que em 2017 havia pacientes esperando por cirurgias eletivas há oito anos. “Hoje a média é de três a quatro meses desde o pré-operatório até o pós. No futuro, queremos agilizar.”
Diretorias dos núcleos regionais do Governo do Estado
O superintendente regional do Governo do Estado, Rogério Lorenzettti, confirmou ao Diário do Noroeste o nome do novo diretor da 14ª Regional de Saúde, Sérgio Ferreira, ex-prefeito de Santa Mônica e ex-presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS/Amunpar). Apesar da recente nomeação, ele ainda não tomou posse oficialmente.
De acordo com Lorenzetti, outra definição do Governo do Estado é quanto à permanência de Emerson Branco no Núcleo Regional de Educação de Paranavaí. A avaliação da Secretaria de Estado da Educação e dos prefeitos do Noroeste é que tem desempenhado um bom trabalho, por isso deve continuar.
Os demais setores ainda estão sendo discutidos e esperam definição do governador Carlos Massa Ratinho Júnior. (RS)