Um dos principais eventos de integração dos agentes da cadeia produtiva da mandioca, representados por instituições de ensino, pesquisa, assistência técnica e extensão, defesa vegetal, produtores agrícolas e empresários, o Congresso Brasileiro de Mandioca será realizado este ano entre os dias 29 de novembro e 1º de dezembro. Será a primeira edição 100% online em razão da pandemia da Covid-19. O tema do Congresso este ano é A Mandioca na Bioeconomia Circular e Sustentável.
O Congresso é uma promoção da Sociedade Brasileira de Mandioca (SBM) e tem como copromotores o Sindicato Rural de Paranavaí, Associação Brasileira de Produtores de Amido de Mandioca (ABAM), Sindicato das Indústrias de Mandioca do Paraná (SIMP) e a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Mandioca e Derivados.
O presidente do Sindicato Rural, o agroindustrial Ivo Pierin Júnior foi escolhido para presidir o Congresso, que é realizado a cada dois anos. Esta edição deveria ter sido realizada no ano passado, mas foi adiada por conta da pandemia.
Segundo Pierin, o evento objetiva “promover o desenvolvimento da cultura da mandioca, seus derivados e afins no Brasil, incentivando o intercâmbio de informações. É também uma oportunidade para se apresentar inovações tecnológicas geradas no setor agroindustrial da mandiocultura – máquinas e equipamentos industriais, e levantar e prospectar novas demandas de interesse para o setor”.
Importância regional – A mandioca tem grande importância para a economia regional. Pierin lembra que o Paraná é o segundo maior produtor de mandioca do país e o primeiro de variedades para fins industriais. O Paraná é responsável por 70% da produção nacional de fécula. Só o Noroeste responde por 40% a 45% da produção brasileira.
“A mandioca gera empregos no campo e na cidade e divisas para a região. É uma atividade importante e que vem se desenvolvendo cada vez mais, graças às pesquisas que têm permitido o surgimento de variedades com maior teor de amido, mais resistentes a pragas e doenças e mais adaptadas para o plantio direto, um sistema que garante a sustentabilidade da atividade”, comenta o agroindustrial.
Ele aponta que o Congresso tem grande importância para a divulgação de trabalhos científicos. “São nestes eventos que pesquisadores apresentam seus trabalhos. Esta divulgação garante a continuidade e recursos financeiros para as pesquisas, que tem grande importância para o setor”, justifica.
Para Pierin, o setor passa por um momento de boas perspectivas, com a alta dos preços do amido de milho, principal concorrente do amido de mandioca e em várias aplicações um substitui o outro, e também pela oportunidade de exportação. “Este ano, até agosto, já exportamos mais do que todo o ano passado. A exportação de fécula ainda é muito incipiente. Mas pode crescer muito”, motiva-se o presidente.
Programação – A SBM estima que o Congresso reunirá cerca de 800 participantes entre pesquisadores, especialistas, técnicos da assistência técnica e extensão rural, produtores de mandioca e seus derivados, empresários da agroindústria, máquinas e equipamentos, lideranças de organizações de produtores, técnicos de nível médio e superior dos setores públicos e privados, professores de cursos técnicos profissionalizantes, de universidades, faculdades e estudantes de nível técnico, de graduação e de pós-graduação dessas instituições.
As inscrições estão sendo feitas através do site do evento (www.cbmandioca.com.br) e os preços, até o dia 28 deste mês, varia de R$ 40,00 (para estudantes de graduação) a R$ 120,00 para profissionais; e de R$ 50,00 a R$ 150 a partir do dia 29 deste mês.
Além do Congresso, os interessados poderão participar de seis minicursos com duração de duas horas. O valor a inscrição é de R$ 50,00. Pierin lembra que alguns dos minicursos acontecerão no mesmo horário. “Por isso é importante verificar a programação antes de realizar a inscrição”, alerta ele.
Os pesquisadores têm até o próximo dia 22 para encaminhar os trabalhos científicos para submissão, que será realizado novamente via online.