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Foto: Ivan Fuquini
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SAÚDE

Testes rápidos fazem parte da estratégia para diagnóstico precoce da hanseníase

REINALDO SILVA

reinaldo@diariodonoroeste.com.br

A 14ª Regional de Saúde recebeu a primeira remessa de testes rápidos para a detecção de hanseníase. O objetivo é apoiar a Atenção Primária à Saúde (APS) na vigilância às pessoas que estiveram em contato próximo e prolongado com casos confirmados da doença e assim facilitar o diagnóstico precoce.

Da mesma forma como outros tipos de testes rápidos, de HIV ou sífilis, por exemplo, o da hanseníase dará o resultado em aproximadamente 20 a 30 minutos. Trata-se de uma facilidade para os pacientes que sairão da consulta com o exame pronto.

Técnica da Vigilância Epidemiológica da 14ª Regional de Saúde, Maria da Penha Francisco explica que apesar de não fechar o diagnóstico, o teste rápido dará indicativos da infecção. Se esse for o caso, o paciente será orientado e encaminhado para exames laboratoriais.

A hanseníase é uma doença crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que pode afetar qualquer pessoa. A transmissão ocorre por via respiratória, em gotículas de saliva expelidas durante a fala, o espirro ou a tosse. Para que haja contaminação, é necessário contato próximo e prolongado com doente não tratado.

Nesse sentido, classifica-se como contato toda e qualquer pessoa que resida ou tenha residido, conviva ou tenha convivido com o doente de hanseníase, no âmbito domiciliar, nos últimos cinco anos anteriores ao diagnóstico da doença, podendo ser familiar ou não.

Noroeste – Levantamento da Regional de Saúde mostra que seis casos foram confirmados este ano, mas por enquanto sem identificação de contatos. O próximo passo será avaliar o histórico dos pacientes para saber se há pessoas próximas com possibilidade de contrair a doença.

Para comparar, em 2020 os municípios do Noroeste somaram 14 casos positivos e 21 contatos. No ano seguinte, as confirmações subiram para 16 e 26 contatos. O salto foi ainda mais expressivo em 2022, com 27 diagnósticos positivos e 13 contatos.

A preocupação é que o período mais severo da pandemia de Covid-19 tenha criado dificuldades para novos diagnósticos e comprometido o tratamento de pacientes com hanseníase, contribuindo para a subnotificação. Nesse cenário, a aplicação dos testes rápidos poderia trazer como resultado uma onda de identificação de novos casos acima da média.

Sinais e sintomas – Maria da Penha Francisco cita manifestações características da doença: manchas brancas ou avermelhadas na pele, com alterações de sensibilidade térmica, tátil ou à dor. São os primeiros sinais.

Pode haver comprometimento dos nervos periféricos associado a alterações sensitivas, motoras ou anatômicas e áreas com diminuição de pelos e suor.

O paciente também pode apresentar a sensação de formigamento ou fisgadas, principalmente em mãos e pés, além da diminuição ou da ausência da força muscular na face, nas mãos ou nos pés.

Tratamento – O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para pessoas com hanseníase. Leva de seis a 12 meses, podendo ser prolongado em casos mais avançados. O método utilizado é a poliquimioterapia, composto por três antibióticos, e quanto antes for iniciado menores são as chances de agravamento. O uso do medicamento, além de curar a doença, interrompe a transmissão e previne as incapacidades físicas.

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