REINALDO SILVA
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Depois de uma tentativa frustrada de negociar a reposição salarial com o Governo do Estado, professores de universidades públicas paranaenses decidiram permanecer em greve. No começo da próxima semana, o Comando Sindical Docente (CSD) pretende voltar a Curitiba e buscar o apoio de deputados estaduais para que os diálogos avancem.
Na última quarta-feira (17), os professores conversaram com o líder do Governo na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado Hussein Bakri, e Arilson Chiorato. Apresentaram a pauta de reivindicações e externaram a insatisfação da categoria com a falta de reposição salarial durante os últimos sete anos; calculam que a defasagem seja de 42%.
De acordo com o CSD, Bakri se mostrou aberto ao diálogo e se propôs a fazer a ponte com o Governo para iniciar a mesa de negociação entre as secretarias estaduais e o movimento grevista.
Também na quarta-feira, os docentes conversaram com o secretário Aldo Bona, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Pelo relato do CSD, o titular da pasta informou que neste momento não está autorizado a negociar. Mesmo assim, disse que está à disposição para intermediar a busca de uma alternativa que leve à resolução do problema salarial dos docentes, motivo para deflagrar a greve.
Com a adesão da Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro), anteontem, a greve alcançou todos os campi do Paraná. Em Paranavaí, o campus da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) as aulas estão suspensas desde segunda-feira (15), com participação de 100% dos docentes.