REINALDO SILVA
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Na semana passada, médicos veterinários da rede pública de saúde da Região Noroeste receberam capacitação para realizar coletas em animais que apresentem sinais clínicos suspeitos e compatíveis com quadro de leishmaniose visceral canina. O encontro técnico aconteceu no município de Jardim Olinda.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), trata-se de uma região que rotineiramente é monitorada para a detecção da espécie vetora responsável pela transmissão de leishmaniose visceral, inseto conhecido como mosquito palha, asa-dura, tatuquiras, birigui, dentre outros nomes. No Brasil, a principal espécie responsável pela transmissão é a Lutzomyia longipalpis.
Em 2022 foram 41 notificações de casos suspeitos de leishmaniose visceral em humanos no Paraná, com uma confirmação. Em 2023 a Sesa registrou dois casos pelo agravo de leishmaniose visceral no estado. Os dados deste ano são preliminares. Dentre todas as notificações, nenhuma foi em municípios pertencentes à 14ª Regional de Saúde.
A Sesa informou que todos os casos são importados, ou seja, o paciente contraiu a doença em outros estados (um no Maranhão, um na Bahia e um ainda sem local provável de infecção).
A doença – A leishmaniose visceral é uma zoonose de evolução crônica, com acometimento sistêmico e, se não tratada, pode levar a óbito até 90% dos casos. A transmissão acontece quando fêmeas do inseto transmissor picam cães ou outros animais infectados e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi.
A doença pode causar febre de longa duração, aumento do fígado e do baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular e anemia.