(44) 3421-4050 / (44) 99177-4050

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Compartilhe:
Foto: Thamela Quirino
Foto: Thamela Quirino

AS MONARCAS

Projeto ajuda mulheres a ressignificar dores e buscar novos caminhos para a felicidade

REINALDO SILVA

reinaldo@diariodonoroeste.com.br

Do Canadá ao México, as borboletas-monarcas percorrem aproximadamente 4.000 quilômetros. Voam em grandes grupos para fugir do inverno gelado que facilmente atinge temperaturas abaixo de zero grau. É o maior movimento migratório do mundo entre os seres invertebrados.

Esse fenômeno da natureza inspirou a assistente social Maria da Penha Francisco e a advogada e terapeuta holística Luzimar de Andrade, ambas residentes em Paranavaí. Elas são idealizadoras do projeto “As Monarcas”, cujo objetivo é acolher e apoiar mulheres. Querem mostrar que, da mesma forma que as borboletas, juntas podem vencer os obstáculos do caminho e chegar longe.

“Perguntamos quem são essas mulheres, como vieram até aqui, que dores trazem com elas. Visitamos os traumas e tentamos ajudar a ressignificá-los”, explica Maria da Penha. “Mostramos que é possível transformar o que foi ruim em algo bom, renovar, fortalecer”, complementa Luzimar.

A dinâmica do projeto faz analogia ao processo da metamorfose: da lagarta ao casulo até se transformar em borboleta.

O primeiro passo para completar a mudança é se conhecer; olhar para dentro e descobrir que existe um mundo inteiro de possibilidades que vão além das limitações que a vida impõe. “É preciso se enxergar como dona do próprio destino”, diz Luzimar.

Maria da Penha assegura que o autoconhecimento é fundamental para que cada uma encontre sua melhor versão. “Isso nos permite viver em paz.”

Dinâmicas – Logo que chegam para a tarde de imersão, as mulheres encontram imitações de ostras sobre as mesas. O adereço não é meramente decorativo, mas um artifício utilizado para dizer que a ostra que não foi ferida não produz pérola.

De forma bem resumida, as pérolas são criadas a partir da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia. São feridas cicatrizadas.

Este é o propósito: mostrar que as dores podem, sim, ser transformadas em joias. Metamorfose. Vida nova.

As participantes se apresentam, compartilham histórias, falam da rotina, expõem angústias e medos, revelam sonhos, espalham alegrias. Misturam-se em conversas e comentários que se completam ou destoam em diferentes sentidos. Mas estão ali, juntas, estendendo as mãos e se apoiando.

No lugar de julgamentos, esperança. Em vez de opressão, abraços. Os sorrisos ganham espaço para lembrar que viver vale a pena. Elas valem a pena. Basta acreditar.

“Guardamos sentimentos, dores, mágoas. Este é o momento para sermos verdadeiras”, desabafa a advogada Talita Gueleri. “Nossa melhor versão está dentro de nós mesmas.”

“O autoconhecimento nos ajuda a melhorar cada vez mais”, acrescenta a psicóloga Ana Paulo Gheno.

“E para quem estamos buscando a melhor versão? “Para nós ou para os outros?”, questiona a psicóloga Tatiane Pereira. “Comparamos nossas vidas com o que vemos nas redes sociais e esquecemos que também estamos fazendo o melhor que podemos.”

Apoio – O projeto “As Monarcas” não tem a pretensão de diagnosticar qualquer tipo de transtorno emocional ou psicológico. Trata-se de um grupo de apoio que auxilia mulheres a descobrir formas de superar dificuldades e caminhar em busca da felicidade.

Até agora foram dois encontros, um no dia 27 de maio e outro no último sábado (15). A próxima imersão está prevista para 29 de julho, em Nova Londrina.

As idealizadoras do projeto destacam que a participação é livre para mulheres de toda a região e convidam para serem multiplicadoras da ideia.

No perfil @mdemonarcas no Instagram é possível acompanhar as atividades e as agendas do projeto. Interessadas também podem utilizar a rede social para entrar em contato com as idealizadoras e fazer a inscrição para o próximo evento.

Compartilhe: