Autoridades do Mato Grosso do Sul deram um importante passo para viabilizar a implantação da Rodovia do Agronegócio, que ligará o Estado ao Paraná através do Porto São José. A ideia é que a ligação seja feita por pista dupla, a partir de Paranavaí (PR), construção de uma ponte sobre o Rio Paraná e a construção de uma rodovia entre o rio até Taquarussu (MS), interligando com o resto do Estado.
Esta semana, a Sociedade Civil do Paraná (Socipar), que lidera a mobilização paranaense pela implantação desta rodovia, recebeu cópia de ofício encaminhado pelo Governo do Mato Grosso do Sul à superintendência estadual do Departamento Nacional de Infraestruturas de Transportes (DNIT) pleiteando alteração do Plano Nacional Viário (PNV) para viabilizar a ligação estratégica entre os dois estados.
O documento foi apresentado pelos coordenadores da Socipar, Demerval Silvestre, Ivo Pierin Júnior, Edilson Avelar e Dante Ramos, que comemoraram a iniciativa do vizinho Estado. Segundo eles, desde que começou a mobilização por esta rodovia, em 2013, o assunto tem avançado, inclusive com reuniões entre prefeitos e deputados já naquele ano, reunião dos governadores dos dois estados, audiências com ministros e a busca de apoio da Itaipu Binacional.
Alteração PNV – O novo avanço foi o encaminhamento de ofício pelo secretário de Infraestrutura do Mato Grosso do Sul, Eduardo Correa Riedel, ao superintendente do DNIT-MS, Euro Nunes Varanis Júnior, em que aponta que “em continuidade às tratativas anteriores acerca dos benefícios que a continuidade da BR-376 poderá gerar no desenvolvimento econômico e na
expansão turística do estado de Mato Grosso do Sul, vimos, ante a importância que o caso requer, solicitar a vossa senhoria alteração do Plano Nacional Viário – PNV”.
O secretário pleiteia que seja incluído no Plano a continuidade da BR-376 no trecho compreendido entre a BR-163, passando por Fátima do Sul, Vicentina, Jateí, Glória de Dourados, Deodápolis, Ivinhema, Nova Andradina, Batayporã, Taquarussu, até o Porto São José/PR, às margens do Rio Paraná. Ele anexou ao ofício o croqui de como ficaria o traçado.
Riedel assevera que “o pleito encontra lastro em anseios antigos dos sul-mato-grossenses da região norte do estado – abrangendo os municípios do Vale do Ivinhema e da Grande Dourados – bem como da população da região Norte do Brasil, mais especificamente, do Mato Grosso e Rondônia.
O secretário de Infraestrutura do Mato Grosso do Sul argumenta que o novo traçado acarretará encurtamento de distâncias, e com isso, melhor
integração logística entre os estados, expansão turística no Mato Grosso do Sul – à margem direita do Rio Paraná – assim como ocorreu em sua margem esquerda com o polo turístico em Porto Rico/PR, e “benefícios quanto ao escoamento da produção agrícola até o Porto de Paranaguá/PR, garantindo, consequentemente, ampliação da capacidade de exportação fluvial, redução de custos e maior competitividade ao setor produtivo da nossa região e do
Brasil de um modo geral, conjunto de fatores que, por si só, justificam a importância do investimento”.
No documento, Riedel lembra que o tema tem tanta relevância que “a Itaipu Binacional tem manifestado expectativa quanto à construção da ponte sobre o Rio Paraná – para atender essa ligação entre os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul”, o que reforça os argumentos apresentados por ele.