*Por Amure Pinho
Startups nascem para solucionar problemas reais, do mundo real. Por conta disso, são modelos de negócio essencialmente disruptivos, que oferecem serviços ou produtos inovadores no mercado. Atualmente, temos mais de 20.700 startups em todo país, em mais de 53 segmentos, segundo a Associação Brasileira de Startups. Com isso, podemos dizer, sem dúvidas, que vivemos o melhor momento do ecossistema brasileiro de startups.
Mesmo diante de tempos difíceis para a economia brasileira, o mercado de startups continua crescendo: diversas startups voltaram seus serviços para ajudar a driblar as dificuldades que enfrentamos nos últimos anos. Algumas edtechs, por exemplo, passaram a oferecer conteúdo educativo gratuitamente em suas plataformas, outras contribuíram realizando pesquisas que nos ajudassem a compreender e lidar melhor com um período tão crítico na nossa história. Healthtechs nasceram entregando telemedicina e outras ferramentas que auxiliaram no enfrentamento da pandemia. Outros destaques foram as startups que desenvolveram meios para facilitar o trabalho remoto e as que foram criadas especialmente para solucionar problemas modernos acarretados pela pandemia.
Quando olhamos para investimento em startups, apesar de ser um modelo de risco, essa versatilidade do setor possibilita uma adaptação melhor em crises, já que processos tradicionais e “vícios” de grandes corporações não cabem aqui. Desta forma, o investidor com apetite ao risco, sabe que tem mais a ganhar do que perder.
E o Brasil está no radar de grandes fundos de investimento. Entendendo a singularidade dos brasileiros na criação de soluções inovadoras, grandes corporações internacionais passaram a contribuir com aportes milionários em startups de toda a América Latina. A japonesa SoftBank, por exemplo, criou em 2019 o Innovation Fund, fundo de US$ 5 bilhões para investir em startups latino-americanas, principalmente no Brasil.
Segundo o Distrito, as startups brasileiras receberam cerca de US $9,4 bilhões em investimentos no último ano, resultado 2,5 vezes maior do que em 2020 e o maior desde 2011, quando o levantamento começou a ser feito. E não à toa, vimos o Brasil passar a ter 21 unicórnios até o final de 2021, recordes de fusões e aquisições – cenário de um mercado em ebulição, e que acredito que só tende a crescer.
E se engana quem acredita que são apenas os fundos internacionais que estão com os olhares voltados para as startups do Brasil. Empresários brasileiros passaram a flertar com investimentos no formato de venture capital, principalmente com a segurança de redes de co-investimento, como o Investidoresvc. O investimento-anjo cresce a cada dia no Brasil, seja pela possibilidade de aplicar valores menores, seja pela capacidade de investir em várias soluções simultaneamente, reduzindo possíveis riscos do valor aplicado.
Caminhando para a marca de 30 unicórnios, o Brasil continua um forte celeiro de bons negócios, prontos para dar os próximos passos no crescimento, através de capital. Assim como há alguns anos, sigo entusiasmado com o que vem pela frente.