(44) 3421-4050 / (44) 99177-4050

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Compartilhe:

SIGNIFICADO

A árvore símbolo da fertilidade e vitalidade

Até o pinheiro ganhar um espaço destacado na casa, decorado com boli­nhas coloridas, luzinhas e outros adornos, sendo considerado um dos prin­cipais símbolos natalinos, um longo caminho teve que ser percorrido. Existem muitas histórias para expli­car como nasceu a tradição secular e como a árvore foi parar dentro de casa para o Papai Noel deixar os pre­sentes. O pinheiro é de ori­gem pagã e no princípio do cristianismo a Igreja demo­rou muito para incorporá-lo aos rituais natalinos. Hoje, está presente até mesmo dentro de igrejas.

Letônia e Estônia dis­putam o pioneirismo, mas a maioria dos historiado­res apontam a Alemanha como berço da tradição que acabou se espalhando por todos os países. Algu­mas vertentes apontam que galhos de pinheiro em suas casas para afastar espíritos malignos. Além disso, por ser inverno na região neste período de dezembro, o pinheiro também servia como símbolo da fertilida­de e vitalidade, pois esta era a única árvore que se mantinha viva no período de noites curtas e muito frio intensificado pela neve.

Se hoje ela tem boli­nhas, luzinhas e adornos de todos os tipos, quando começou a surgir, ele era decorado com maçãs, tâ­maras e doces, entre ou­tros. As bolinhas como conhecidas hoje, teriam sido inspiradas nas maças. “Os pinheiros em festivais de inverno são tradicionais desde a antiguidade, signi­ficando a vitória da vida e da luz sobre a morte e as trevas”, disse Carole Cusa­ck, professora de estudos religiosos da Universidade de Sydney, da Austrália, ao National Geographic.

Existem muitas histó­rias para explicar a tradição secular. Uma delas diz respeito à festa de San­ta Bárbara, comemorada no dia 8 de dezembro na Alemanha. Era uma antiga tradição cristã cortar galhos de macieira ou cerejeira nessa data, para que flo­rescessem antes do tempo como enfeite dentro das casas aquecidas. Posterior­mente, o pinheiro enfeitado teria assumido o lugar dos galhos com flores de maçã e de cereja.

A etnóloga Christel Köhle-Hetzinger, da Uni­versidade de Jena, Ale­manha, conhece toda uma série de histórias que ten­tam explicar a origem da tradição medieval: “Sabe-se também que árvores verdes eram postas nas igrejas na época de Natal. Era, sem dúvida, uma alu­são à árvore do paraíso, que desempenha um papel próprio em toda a liturgia cristã. Ou seja, uma árvore cristã da vida. Como na história de Adão e Eva. Hoje, nós acreditamos que a árvore é o ponto central do Natal cristão. Mas não é bem assim. Ao pé da letra, esse papel caberia ao presépio com o Menino Jesus. A árvore de Natal é na verdade um produto e um objeto leigo.”

O ano de surgimento da árvore decorada dentro das casas é incerto. A Letônia defende que em 1510 uma associação de mercadores carregou uma árvore pela cidade e depois fez a de­coração. Já a Estônia alega que o mesmo festival, orga­nizado pela Irmandade dos Cabeças Negras, promoveu um festival semelhante em 1441.

A origem da árvore, contudo, conforme alguns historiadores, teria ocor­rido na região da Alsácia durante o século 16, hoje parte da França, mas antes território alemão. Registros históricos apontariam que em 1539 uma árvore de Natal foi erguida na catedral de Estrasburgo. A tradição se popularizou a ponto de a cidade de Friburgo chegou a proibir o corte de árvores para o Natal em 1554.

No início, a Igreja refu­tou inteiramente a tradição de origem pagã. Somente há cerca de 100 anos é que o pinheiro natalino passou a enfeitar também os tem­plos cristãos. Até então, na Alemanha, ele estava mais ligado a costumes dos povos germânicos, ante­riores à cristianização: no inverno, eles penduravam galhos de pinheiro sobre as portas das casas, no estábulo e nos tetos das moradias. Com suas folhas em forma de agulha, o pi­nheiro devia espantar maus espíritos, raios e doenças. Além disso, o verde dos ramos simbolizava então a expectativa em relação à chegada da primavera e ao fim do inverno.

Compartilhe: