*Edmar Lima Cordeiro
Por mais de dez anos um grupo de amigos se reuniu aos domingos na Banca Tanaka, lugar democrático onde amigos de formação e opiniões diferentes se conversam durante as manhãs dos domingos, num encontro de verdadeira amizade.
Discutiam de tudo que vinha à cabeça, diziam besteiras, falavam de profissões, de política, falavam de família, falam dos outros (risos), falavam das coisas públicas do município, sempre dentro de um padrão de discussão capaz de alimentar sempre o poder dos debates com lealdade.
O anfitrião Edson e esposa Mary têm um carinho especial com essa turma dos domingos, quando muitos já na banca, escutavam o chamamento do Edson reclamando a ausência, dizendo: “Todos aqui lhe esperando”, e lá vamos atender o chamamento do amigo. Na banca, todos na espera para iniciar a sessão dos bate-bocas.
Os bancos de plástico foram doados pelo Rubens Costa Monteiro para a reunião transcorrer mais confortável e o recolhimento das cadeiras antes pesadas, se tornou mais rápido.
O bom do encontro é que não tinha presidente, secretário, orador, tesoureiro, tudo na mesma proporção, todos iguais: médicos, advogados, professores, funcionários públicos, empresários, políticos e outros tantos qualificados que se sentavam. Uma “Távola Redonda”, todos iguais, falando da vida, dos fatos da semana, dos acontecimentos gerais da cidade. Muitos divergiam dos debates, mas nunca houve uma só desinteligência que afetasse os membros da banca.
Miguel Zarur, Antonio Batista da Silva (Toninho da Kota – risos), Eurípedes, Marcos Vilaça, José Carlos Penteado, Rubens Costa Monteiro, Hermetho Botelho, Claodino Dal-Prá, Renato Guimarães, Carlos Roque, Luiz Gonzaga Arraes, Genésio Feuser, Toninho Sogro do Genésio, Jayme José de Souza, Itálo Guzzo, João Franco, Pedro Arthur, Celso Kondo, Joel Guimarães, Paulo Manoel de Lima (Paulão do PT), Cirley Egger entre outros que de passagem abrilhantavam a conversa.
Terminado o encontro alguns saiam com jornais do dia para alimentar seus conhecimentos, outros com revistas diversas.
Veio a pandemia e tudo e todos se afastaram, mas o sentido da amizade permanece. Até a banca mudou sua tradição, não funciona mais aos domingos. Os grandes jornais impressos não mais existem, mas o distanciamento não ofusca a convivência da rapaziada.
A amizade é força estranha, mais poderosa que irmandade, tem no seu organismo: consistência, pureza, inocência, paz, amor e amigos.
(Paranavaí, 13 de junho de 2022)
Grande Mestre, professor Cordeiro, bela matéria, belo texto. Parabéns mestre.
Baita abraço, velho companheiro de trincheiras partidárias.
Grande Edmar meu mestre na Colegio Comercial de Paranavai, hoje distante desse profissional mas dentro do meu coração!!! quantas saudades. Atualmente tenho residencia em Belo Horizonte MG, nuca esqueço da nossa querida PARANAVAI.