Aleksa Marques / Da Redação
Crianças têm energia de sobra, certo? Ao mesmo tempo que correm, querem brincar de pega-pega, soltar pipa e desenhar. Mas o que fazer se a criatividade já acabou e ainda temos, no mínimo, mais uma semana de férias? O Diário do Noroeste foi até a Praça dos Pioneiros para saber dos próprios pais, o que eles estão fazendo.
Dayane Silva é contadora e tem um filho, o João Paulo, de 4 anos. Ela conseguiu tirar férias junto com ele para poder aproveitar. “Hoje é o primeiro dia que trago ele na Praça dos Pioneiros. É uma ótima opção para queimar as energias deles e para os pais poderem descansar também”, disse ela que estava acompanhada da mãe, de sobrinhos e amigas.
“Tenho duas meninas bem agitadas, a Maressa de 1 ano e a Maria Valentina de 3. Celular lá em casa nós evitamos e ideias para brincadeiras não faltam”, explicou Carlos Eduardo Zago que não tirava o olho da mais velha enquanto balançava a mais
nova no brinquedo. “Brincamos de amarelinha, massinha, gostamos de pintar sempre juntos. Tem que se virar nos 30”, completa o pai que estava no horário de trabalho, mas tirou um tempinho no intervalo para divertir as meninas.
Thainá de Oliveira é de Loanda e veio com o filho Enzo Gabriel, de 4 aninhos, passar as férias na casa da mãe. Ela conta que cresceu em frente a uma pracinha na cidade e que ver o filho brincando na terra e socializando, não tem preço. “Minha sobrinha de um
aninho quer lavar a mão toda hora, pois não está acostumada a brincar na terra. Tem que trazer e deixar se sujar inteira, isso é ser criança. Meu filho adora”, finaliza.
Já na cidade vizinha de Alto Paraná, Michele Sugahara vive o mesmo dilema. Mãe de dois meninos, o Gabriel de 6 o e Mateus de 4, luta para que eles fiquem o máximo de tempo brincando. “Para tirar as crianças da frente da tela tem que ter muita criatividade. Levo eles em praças para andar de bicicleta, levo na casa da vó para brincar com os primos, ajudo a montar um quebra-cabeças, jogar xadrez, resgatar brinquedos já esquecidos e revezar com as outras mães de amiguinhos”.
Outra atividade que eles gostam muito é ir para a cozinha com a mãe fazer cupcakes e lanchinhos diferentes. “Esse ano a vó fez até uma festa do pijama e chamou todos os netos. Eles amaram”, compartilhou Michele. Fica a dica para as vovós.
Está sem ideia? O Diário do Noroeste te ajuda!
Elberth Lucas de Lima, mais conhecido como Tio Leon, é recreador e diz que o primeiro passo é organizar os horários, os materiais que serão utilizados e conhecer o que as crianças gostam de fazer ou brincar. O segundo passo é convidar os amigos: os mais próximos, os primos, colegas de sala… quanto mais crianças, melhor e mais divertido.
Por último e não menos importante é não deixar a peteca cair e desistir antes de começar, por isso a importância de organizar tudo antes de começar as atividades. Se for pintar, deixe papéis e tintas separados e assim por diante. E muita atenção com tesoura, faca e fogo, por isso o recreador indica sempre ter a supervisão de um adulto.
“Eu hoje vejo poucas crianças usando brinquedos com interação de várias pessoas, como jogos de tabuleiro, dominó, dama e xadrez. Reunir a família e amigos é o mais importante”, disse. Vale queimada, betis, esconde-esconde, aprender algo novo como origami, pintura, música, fazer um bolo e porque não descobrir um novo hobby?
Ele reforça o poder da interação social e o intuito aqui é dar férias para os eletrônicos como celulares, tablets e computadores. Mas, se for usar, use para algo produtivo: cantar uma música, aprender uma coreografia, jogos de pista e karaokê.
Brincadeiras com um ar de competição também fazem bem: vale ser gato e rato, jogo da memória, completar a música, gato mia, caça ao tesouro ou bets. Outras sugestões do Tio Leon são: mímica, caça palavras, jogos de tabuleiro, stop, corrida da laranja, coelho sai da toca, torta na cara e cabo de guerra.
Os pais podem passar aos filhos também os jogos que faziam quando crianças. Busque na memória suas brincadeiras favoritas da infância e compartilhe com seus filhos. Eles vão amar. O objetivo é se divertir e não ficar parado.