Você sabia que as abelhas são responsáveis pela polinização de 85% das plantas para a alimentação dos seres humanos? A maioria das plantas cultivadas depende da polinização das abelhas, no mundo existem mais de 20 mil espécies e no Brasil mais de 1.500 já foram identificadas. O Dia Mundial da Abelha, comemorado hoje, dia 20 de maio, valoriza a importância desse inseto para a segurança alimentar e conservação da biodiversidade.
Graças ao seu trabalho de coleta de pólen e néctar, voando de flor em flor, as abelhas polinizam as flores e promovem a sua reprodução cruzada. Além de permitir a reprodução das plantas, esse trabalho também resulta na produção de frutos de melhor qualidade e maior número de sementes.
Disso tudo, um produto muito consumido por nós é feito: o mel. A nutricionista Talita Vagetti deu dicas importantes para os leitores aproveitarem ao máximo esse doce vindo da natureza.
Segundo ela, o mel possui propriedades nutritivas e terapêuticas que trazem vários benefícios à saúde, é rico em antioxidantes, ajuda a diminuir a pressão sanguínea, além de conter propriedades antimicrobianas, combatendo infecções causadas por fungos, vírus e bactéria, além de aliviar dor de garganta e a tosse.
Consumo – No entanto, mesmo com todos esses benefícios, o mel deve ser consumido com moderação, pois é rico em calorias e açúcar, o que poderia contribuir para o ganho de peso e desregulação dos níveis de glicemia no sangue se consumido em excesso.
É um prebiótico muito potente que nutre as bactérias boas que vivem no intestino, logo, é benéfico para a digestão e para a saúde gastrointestinal. Além disso, também pode ser usado para tratar de problemas digestivos, como diarreia e é eficaz no tratamento para as bactérias Helicobacter pylori, causadoras de úlceras gástricas.
Mel x inverno – O mel reduz a inflamação e inchaço da garganta e dos pulmões, sendo eficiente ainda nos casos de gripe e resfriado, melhorando também o sono. Você pode incluir nos seus chás e, de preferência, use ervas e raízes que contribuam para a imunidade como guaco, equinácea, gengibre e chá verde.
É importante lembrar que o mel não é aconselhado para crianças pequenas até os três anos de idade, devido à possibilidade do intestino, ainda imaturo, não impedir a entrada de pequenos microorganismos, presentes no mel, que podem causar infecções.
Como consumir – O mel deve ser consumido em pequenas quantidades, uma vez que possui muitas calorias. Por isso, é indicado consumir no máximo duas colheres de chá por dia, que podem ser adicionadas em sucos, vitaminas, biscoitos, bolos ou outras receitas culinárias. Dê preferência ao mel puro e, se possível, de cultivo orgânico.
Contraindicação –
Crianças menores de um ano de idade: até o primeiro ano de vida, como o sistema digestivo da criança pode não estar completamente desenvolvido. Assim, existe alto risco de intoxicações graves de botulismo por uma bactéria encontrada comumente no mel;
Diabéticos: mesmo o mel apresentando muitos benefícios em relação ao açúcar branco, pessoas com diabetes devem evitá-lo por conter açúcares simples que aumentam a glicemia do sangue;
Alérgicos: para evitar os sintomas como vermelhidão na pele, coceira no corpo e na garganta, lábios inchados e olhos lacrimejando de quem é alérgico ao mel, o ideal é evitar o consumo, tanto do mel como de produtos que o contenham;
Intolerância à frutose: como a frutose está presente na composição do mel, pessoas intolerantes não podem consumi-lo, bem como devem excluir outros produtos com frutose da alimentação;
Síndrome do intestino irritável: em algumas pessoas portadoras dessa síndrome, o mel pode causar má digestão, excesso de gases e diarreia, já que é rica em frutose e, por isso, pode ser necessário evitar o consumo desse alimento.