(44) 3421-4050 / (44) 99177-4050

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Compartilhe:

SAÚDE

A relação entre a depressão, o frio e as baixas temperaturas

*Dra. Andréa Ladislau

Nos últimos dias várias cidades do Brasil estão sofrendo com o frio e as baixas temperaturas.

Casacos pesados, luvas, botas, entre outros acessórios de inverno, apesar de estarmos no outono, saíram dos armários.

Além disso, as doenças respiratórias também deram o ar da graça. Mas engana-se quem pensa que estes são os únicos personagens deste cenário de frio.

A depressão também entra em cena quando enfrentamos mudanças climáticas bruscas. E como o clima tem influência no humor, mesmo quem gosta de frio pode sentir impactos emocionais, principalmente se já possuírem uma leve tendência à depressão.

Sabemos que a depressão é considerada pela OMS – Organização Mundial de Saúde, como o “Mal do Século”. Ela atinge um número cada vez maior de pessoas e pode, se não for tratada, trazer consequências irreversíveis para a vida do indivíduo.

Muitas são as causas possíveis para esse transtorno: causas genéticas, estresse pós traumático, entre outros.

Porém, as mudanças de temperatura e, em especial, o frio intenso, pode contribuir para agravar quem sofre deste problema ou mesmo desencadear gatilhos que provoquem o surgimento da depressão.

Estudos revelam que uma pessoa ativa, em constante atividade física ou motivada com as tarefas cotidianas, ao se deparar com a baixa temperatura, poderá ter sua rotina de vida alterada a tal ponto que, sofrerá modificações em algumas áreas cerebrais responsáveis pelo equilíbrio e bem estar.

Visto que é, inevitável a alteração do humor que favorece os sintomas depressivos.

Isso acontece porque, em temperaturas drasticamente mais baixas, é natural que a movimentação do indivíduo seja reduzida.

Também podemos identificar a queda da energia, do ânimo e dos impulsos de vontade habituais.

Pois, é um período em que a lentidão do pensamento e o desânimo contribuem para que o indivíduo sinta a necessidade do isolamento social.

Um dos fatores de intensa aplicabilidade no surgimento e potencialização da depressão. Além disso, neste período sazonal do ano, também temos as baixas luminosidades.

Em alguns momentos do dia, o sol frio desaparece, o céu fica escuro e parece que a noite se antecipou. Mas um indicativo clássico da manifestação depressiva. A explicação biológica para este fenômeno é a detecção da baixa luminosidade por algumas áreas específicas do nosso cérebro, o hipotálamo e o pineal, que também regulam o ciclo de humor no organismo.

A falta de luminosidade também causa mudanças na melatonina, hormônio secretado pelo cérebro durante a noite e inibido pela manhã, quando o sol nasce. Por isso, as pessoas permanecem no padrão noturno, o que causa sonolência, cansaço, irritação, tristeza e fome maior do que o normal.

Enfim, como evitar esse desânimo ou tristeza nesses períodos?

O ideal é fazer caminhadas ao ar livre bem agasalhado, sem desanimar e deixar a preguiça de lado e apostar nos exercícios físicos, que estimulam a liberação de endorfinas, hormônio ligado à sensação de prazer, que vai melhorar o humor e afastar pensamentos negativos.

O importante é não ficar parado. Cancelar compromissos por conta do desânimo pode ser prejudicial a sua autoestima.

É preciso atribuir significados positivos ao frio. Portanto, tente ser otimista pensando em boas memórias dos momentos frios e em casos mais extremos, busque a terapia para encontrar um equilíbrio emocional.

*Dra. Andréa Ladislau é psicanalista

Compartilhe: