Nesta quinta-feira (14) o Governo do Paraná decretou emergência em saúde pública por causa da dengue. Lógico que a responsabilidade primordial é dos governos nas suas três instâncias de poder (federal, estadual e municipal). Porém, só os governos não darão conta de fazer o enfrentamento. E o motivo é simples: a eliminação do mosquito Aedes aegypti deve ser tarefa de todos, inclusive sua, inclusive nossa.
A dengue não prolifera sem o mosquito e a forma de eliminá-lo é acabar com a água parada. Portanto, todos podem ajudar. A cidadania não é apenas um conjunto de direitos consolidados na Constituição ou na Lei Orgânica. É, antes de tudo, um exercício diário. Se a dengue mata e a solução é simples, o que falta?
Vamos lá: falta limpar terrenos baldios, recolher lixo, folhas, sacolas plásticas. Falta não plantar espécies ornamentais que acumulem água e falta ainda limpar diariamente aquele pratinho do vaso de planta que tem na maioria das casas.
Dengue é, antes de tudo, uma doença da falta de compromisso. As epidemias de dengue são cíclicas e já é tempo de aprender com os erros do passado. De tempos em tempos temos hospitais superlotados, pacientes longe das escolas, do lazer ou do trabalho. Se a perda é grande, logo essa noção de pertencimento vale para o público e para o privado.
Cuidemos da saúde, pois a dengue já fez pelo menos quatro vítimas na região e fará outras se nada fizermos. Afinal, são 6.440 casos na área da Regional de Saúde apenas de agosto de 2023 a março de 2024 (o ano epidemiológico vai de agosto a julho). Pela sua família, limpe os quintais; cobre ação do poder público.
Vamos dar o exemplo: você por aí, nós por aqui.