As associações de moradores são instâncias do exercício pleno da democracia nas cidades brasileiras. Elas se ocupam dos assuntos do dia a dia da comunidade e levam as reivindicações/sugestões aos agentes políticos e instituições públicas ou privadas.
Paranavaí vive um momento delicado para as associações. Tanto que muitas estão desarticuladas, outras já destituíram oficialmente as diretorias e não conseguem mais a mobilização vista em outros tempos. Uns dirão que saíram de moda e outros que as pessoas não têm mais tempo para o coletivo.
Um pouco de cada. No entanto, ainda há muitas pessoas preocupadas com a vida dos seus bairros. Porém, existe os fatores burocrático e político que acabam pesando. Uma das dificuldades é a prestação de contas. Não raras vezes, as pessoas, por desconhecimento ou omissão, acabam não fazendo a burocracia de forma correta e algumas até pagam o preço.
Colocadas as dificuldades, as associações podem ser assessorias gratuitas ao poder público. Elas apontam as demandas e conversam francamente sobre a viabilidade de cada projeto.
Neste aspecto, a semana foi marcada por um fio de esperança. A Associação de Moradores do Jardim Santa Cecília publicou no Diário do Noroeste o edital para convocação de novas eleições. Na prática trata-se da rearticulação para voltar ao funcionamento, comprometido em grande parte pela pandemia de Covid-19.
Que seja uma lufada de ar fresco e que essa iniciativa se multiplique para que outros bairros adotem o mesmo caminho e que haja lideranças capazes da aglutinação pelo bem maior das comunidades.
O Diário do Noroeste tem um histórico de colaboração com as associações e outras entidades sem fins lucrativos ou de cunho beneficente. Com tal autoridade, conclama ao trabalho. Associações são determinantes para as obras de infraestrutura, social e de segurança (vizinhos solidários, que ainda resistem, são testemunhas do último item).
Neste objetivo comum não pode haver viés partidário ou ideológico, mas apenas o cuidar do outro via mobilização ininterrupta. Advertindo que é normal o embate político em ano eleitoral, como é o caso de 2024.
Assim seja.