(44) 3421-4050 / (44) 99177-4050

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Compartilhe:

INOVAÇÃO

Abrace a mudança antes que ela abrace o seu negócio

*Eduardo Zugaib

O conceito ambidestria organizacional foi apresentado pela primeira vez em 1976 pelo pesquisador norte-americano Robert B. Duncan. Ele trazia como principal ponto a importância de acomodar os conflitos entre a inovação e a eficiência operacional, visando a perenidade da própria empresa. Posteriormente vieram outros conceitos mais elaborados, mas sempre apontando para a necessidade de romper essa dicotomia do “ou produz ou inova”, transformando-a em uma relação no mínimo simultânea. E, no melhor dos cenários, sinérgica entre estes dois universos: produzir e inovar sempre.

Este é um ponto crucial para profissionais e empresas: acomodar-se dentro da boa performance apurada e, com isso, tornar-se obsoleto gradativamente, até atravessar um ponto sem volta nessa floresta. Pare e pense: o sucesso que você eventualmente tenha construído nos últimos dez anos não assegura sucesso algum nos próximos dez meses, neste mundo de contínuas evoluções e de complexidades que se combinam e recombinam a todo instante, desafiando a tudo e a todos.

Passadas várias décadas, em muitas empresas a inovação ainda é um valor ou pilar de cultura que só é lembrado quando as coisas começam a perder o rumo ou apresentar queda de resultados, devido a inúmeros fatores: novas tecnologias, novas necessidades do cliente, novos produtos e serviços, novos concorrentes, etc. Enfim, já está mais que claro que apenas entregar a mesma solução anos a fio – observação válida também para a gestão da nossa própria carreira – pode nos obrigar, em determinado momento, a inovar de uma forma dolorosa, visando recuperar o que se perdeu – ou se desprezou – enquanto eram tempos de vacas gordas. É quando mudança e inovação trocam de papel: aqui, a mudança é causa, enquanto a inovação, a duras penas, torna-se um efeito, uma correria em busca de adaptar-se para sobreviver.

Se todo indivíduo é potencialmente criativo, por que nem todas as empresas, que são organizações feitas de pessoas, são empresas inovadoras? A resposta está na própria pergunta: o problema está no ambiente interno dela, reflexo direto e natural da cultura organizacional que por ali vigora. E cultura, como sabemos, é o subproduto primeiro da forma como as lideranças dessa empresa enxergam os processos, os produtos e, principalmente, as pessoas que tornam a empresa uma realidade, que nada mais são do que reflexos das relações, valores e atitudes cultivados (ou não) pelas lideranças.

A melhor postura diante desse cenário de contínua incerteza é seguir a recomendação que muitos empreendedores dão por aí: seja o primeiro a “destruir” seu próprio negócio, antes que alguém o faça. Em outras palavras: na gestão da sua carreira, da sua empresa ou da sua vida, abrace a mudança antes que ela abrace você.

*Eduardo Zugaib é educador corporativo, escritor best-seller, autor de “A Revolução do Pouquinho”, palestrante e um dos maiores especialistas brasileiros em atitude e comunicação para a liderança

Compartilhe: