O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí, Rafael Cargnin Filho, disse na manhã desta quarta-feira, dia 15, durante evento comemorativo ao aniversário da entidade, que a Aciap é hoje a mais influente e mais forte instituição de classe da cidade. Segundo ele, esta posição foi conquistada “com muito trabalho e dedicação” ao longo de 68 anos.
“Nestes anos todos nos consolidamos também como uma entidade política, mas totalmente apartidária. Somos políticos no sentido de atuar pelo bem comum, de contribuir para que todos possam exercer sua cidadania na plenitude, com seus direitos e deveres, contribuindo para a construção de uma sociedade mais inclusiva, através da participação da sociedade”, sublinhou o presidente.
A reunião desta quarta-feira foi a primeira do ano e marcou o reinício das atividades da diretoria da Aciap. O encontro atendeu também edital de convocação para assembleia geral para prestação de contas, que foram aprovadas por unanimidade. Além disso, foi apresentado o planejamento estratégico da entidade para este ano.
Defesa da classe empresarial – Cargnin fez na ocasião uma manifestação alusiva ao aniversário de 68 anos da entidade, completados na última segunda-feira, dia 13. “Esta semana a Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí completou seus 68 anos de muita luta, trabalho e dedicação em defesa da classe empresarial, pelo fortalecimento econômico de nossa cidade, e, por consequência, de toda a nossa região. Nesta reunião de reabertura dos nossos trabalhos não poderíamos deixar de comemorar esta data e lembrar do quão árdua foi a luta dos empresários que, há quase sede décadas fundaram esta entidade, a mais forte e mais influente da cidade”, iniciou o presidente.
Ele disse que a entidade foi fundada em 1955, quando Paranavaí ainda tinha três anos, por comerciantes que estavam assustados com a ação de ladrões que vinham atacando os estabelecimentos comerciais. “Os encontros aconteciam quase sempre numa das muitas máquinas de beneficiamento de cereais que haviam se instalado na cidade. Os sacos de café, arroz e milho eram as cadeiras. E ali discutiam principalmente a necessidade de Paranavaí ter um mínimo de segurança”, contou.
Os empresários – contou Cargnin – definiram por trazer a Paranavaí uma extensão da Guarda Urbana de Maringá. “E como e quem contrataria os serviços da Guarda Urbana? A alternativa foi criar uma entidade com personalidade jurídica própria. Foi assim que em 13 de fevereiro de 1955 nasceu a então Acip – Associação Comercial e Industrial de Paranavaí”, disse.
Desde então, lembrou o presidente, “nossa entidade esteve presente nos principais acontecimentos da cidade. Chegou até a realizar uma ‘assembleia geral da população’ no então Cine Paranavaí, para discutir a formação de uma companhia para exploração e distribuição de energia elétrica para a cidade”.
“A Acip cresceu e virou a Aciap, mas não perdeu sua essência de cooperação e associativismo e, muito menos, os ideais daqueles bravos homens, que, mesmo nas mais precárias condições de energia elétrica, abastecimento de água e esgoto e telefonia, se empenhavam, voluntariamente – como é até hoje – na busca do bem comum”, acrescentou.
Na sequência, Cargnin lembrou que a entidade tem desenvolvido e participado de ações que contemplam toda a comunidade e não apenas os empresários. Citou, como exemplo, a atuação da entidade, no início dos anos 2000, para evitar que a Santa Casa fechasse suas portas; no combate a pandemia, na criação do Conselho Comunitário de Segurança e na promoção de palestras abertas à comunidade.
“Foi esta Aciap que herdamos e que temos a responsabilidade de entregar aos nossos sucessores ainda mais forte. Temos que nos inspirar naqueles que, 68 anos atrás e depois seus sucessores, iniciaram esta trajetória de sucesso e de dedicação ao empresário e a cidade e dar continuidade a este trabalho”, conclamou.
“Estamos iniciando o último ano de nossa gestão e talvez até já tenhamos construído nosso legado, que é a inovação, acompanhando a tendência mundial, mas sem perder a visão das necessidades locais. Mas precisamos avançar ainda mais nesta nobre missão de conduzir os destinos desta tão importante entidade”.
Rafael Cargnin arrematou seu pronunciamento afirmando que “o maior e o mais importante patrimônio são as pessoas, suas ideias e seus ideais que passaram por esta entidade, da gestão de Mauro Hoff, lá nos idos de 1955, até a de Maurício Gehlen, em 2021. Aos pioneiros e seus sucessores o nosso reconhecimento e a nossa eterna gratidão pelo excelente trabalho que realizaram, construindo esta Associação de grande credibilidade. Foram corajosos e visionários e ser tornaram num exemplo a ser seguido”.