O Paraná é destaque nacional com o maior número de municípios que participam do Programa Vida no Trânsito (PVT), abrangendo 44% da população do Estado. Atualmente, 14 cidades já implantaram o programa – Curitiba, Araucária, Campo Mourão, Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Maringá, Londrina, Paranaguá, Paranavaí, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Toledo e Umuarama.
O desempenho nesta iniciativa trouxe ao Estado representantes do Ministério da Saúde (MS) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que vêm acompanhar o trabalho realizado pela secretaria estadual da Saúde (Sesa) e as experiências exitosas do Programa Vida no Trânsito. As atividades da comitiva acontecem nesta quinta e sexta-feira (16 e 17).
De acordo com a diretora do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Letícia de Oliveira Cardoso, o trabalho realizado pelo Paraná é modelo para todo Brasil.
Entre 2011 e 2021, o Paraná alcançou uma redução de 30,97% na taxa de mortalidade por lesões de trânsito. Já o conjunto de municípios com PVT apresentou uma queda de 40,95% no mesmo período. Os dados são do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.
“O PVT já foi implementado há alguns anos em todas as capitais brasileiras e alguns Estados estão em expansão, mas o Paraná vem de maneira muito robusta registrando essa expansão de forma contínua, e a experiência local exitosa traz um suporte para o nível nacional”, disse Letícia.
AÇÕES CONJUNTAS – Parte do sucesso do programa se deve à implantação da Comissão Estadual Intersetorial de Prevenção de Acidentes e Segurança no Trânsito, coordenada pela Sesa e pelo Departamento de Trânsito do Paraná (Detran/PR).
O programa foi instituído no Paraná em 2011 e promove intervenções para a redução das mortes e feridos graves, por meio de melhorias da gestão do trânsito, segurança das vias e dos veículos, comportamento dos usuários e também dos serviços de emergência.
Os acidentes de trânsito são considerados um problema de saúde pública e representam uma das principais causas de mortes e de lesões que envolvem desde o atendimento pré-hospitalar na Rede de Urgência e Emergência, até a reabilitação dos sobreviventes e as possíveis consequências socioemocionais e econômicas, tanto para as vítimas quanto para suas famílias.
“A visita é muito significativa, pois estratégias como o PVT precisam ser realizadas com seriedade e nós vamos continuar nessa linha, promovendo saúde, a vida, evitando acidentes e mortes no trânsito, e colocando o Paraná como referência”, enfatizou a diretora de Atenção e Vigilância da Sesa, Maria Goretti David Lopes.
Fonte: AEN