Documento com as diretrizes técnicas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não prevê uma quantidade de dias de afastamento das atividades
O Atlético Clube Paranavaí (ACP) enviou ofício à Federação Paranaense de Futebol (FPF) questionando a participação do goleiro Carlão do Foz do Iguaçu na partida de volta da semifinal da Segundona do Paranaense de Futebol, disputada no domingo (6).
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Na ocasião, o Foz do Iguaçu eliminou o ACP nas penalidades e se classificou para a final da competição, além de garantir vaga na elite do Paranaense em 2026.
O Diário do Noroeste teve acesso ao documento que o ACP direcionou para a FPF. No oficio, o clube paranavaiense questiona o departamento de competições da federação se o Foz do Iguaçu cumpriu o protocolo de concussão e se realizou o envio de laudo médico validando a sequência de atuações do goleiro no campeonato.
Entenda o caso: no intervalo da partida de ida da semifinal, disputada em Paranavaí, foi aberto um protocolo de concussão após o goleiro Carlão do Foz do Iguaçu levar uma bolada no rosto.

A sumula dessa partida traz a seguinte descrição: “Informo que houve atraso de 20 minutos no início do 2 tempo em decorrência do seguinte fato: Durante o processo de aquecimento, o goleiro da equipe visitante, Carlos Henrique do Nascimento Freitas, camisa 01, foi atingido por uma bolada no rosto, chutada pelo preparador de goleiros de sua equipe. Em razão disso, o mesmo ficou desorientado e recebeu atendimento de seu massagista e, posteriormente também do médico da equipe mandante, Sr Pablo Lima Dias, sendo que este decidiu pela remoção do atleta pela ambulância presente dentro do estádio e também pela substituição do atleta, através do protocolo de concussão”.
No ofício enviado à FPF, o ACP pede uma resposta sobre o caso. “Em caso positivo, se possível, requer-se, que, haja a apresentação dos documentos a esta entidade de prática desportiva de conclusão do referido protocolo e em caso negativo, que nos seja informado quais providências serão tomadas pela Federação Paranaense de Futebol. Requer-se, se possível, retorno no prazo de 24h (vinte e quatro horas).”
O documento com as diretrizes técnicas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não prevê uma quantidade de dias de afastamento das atividades do atleta, mas traz algumas recomendações a serem cumpridas. São elas:
Etapa 1 – Atividades de baixa demanda física fora de campo. Etapa 2 – Atividade física individual de campo sem bola. Etapa 3 – Atividade física individual de campo com bola. Etapa 4 – Treinamento com bola em grupo, incorporado ao elenco de atletas.
Os testes neuropsicológicos computadorizados, o uso do SCAT-5 ou SCAT-6 ou a Inteligência Artificial (AI) podem ser utilizados para acompanhamento evolutivo do atleta que sofreu Concussão Cerebral.
Na quarta rodada da primeira fase da Segundona, partida contra Laranja Mecânica, o ACP precisou abriu um protocolo de concussão, pois o atacante Dayvid levou uma bolada na cabeça, precisou de atendimento médico e foi substituído.
Para o cumprir o protocolo por completo, o atacante do Vermelhinho voltou a jogar apenas na sexta rodada, duelo contra o Patriotas.