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PARANAVAÍ

Adalto Soares: o nome por trás da ambientação da 42ª Semana Literária e Feira do Livro

REINALDO SILVA

reinaldo@diariodonoroeste.com.br

A criação artística requer inspiração e dedicação. O processo exige mais do que conhecimento técnico, é preciso buscar referências no passado, traduzir o presente, projetar o futuro, entender o mundo como resultado de construções sociais, econômicas e culturais.

Adalto Soares sabe disso e usou toda a experiência de iluminador e cenógrafo para decorar a unidade central do Sesc Paranavaí. A ocasião é especial, a 42ª Semana Literária e Feira do Livro, que começou quarta-feira (4) e termina hoje (7).

O evento ocorre simultaneamente em 27 cidades paranaenses e tem como objetivo incentivar o hábito da leitura, mas não só. “Mais do que um processo de formação de leitores, um processo de formação de indivíduos”, diz Adalto Soares, que é técnico de manutenção do Sesc Paranavaí.

Considerou a importância do evento desde o início e cuidou de cada detalhe com esmero, como no espaço dedicado à tipografia, com homenagem ao Diário do Noroeste. Ele revestiu as paredes com madeira e colou exemplares do DN por todo o ambiente. “Quando trouxeram a proposta de fazer algo contando a história, puxei essa ideia, como se as pessoas estivessem dentro do jornal.”

As páginas do DN também revestem um manequim. A roupa é rica em detalhes, dobraduras fazem as vezes do tecido plissado, tem cinto, botões e um chapéu para arrematar o visual. “A ideia era fazer um modelo de época. A gente idealizou o manequim e trouxe um pouco dessa história”, explica Adalto Soares.

O trabalho caprichoso tem explicação: a paixão pela literatura. Quando estudava no Colégio Estadual Bento Munhoz da Rocha Neto – Unidade Polo, Adalto Soares disputava com os amigos espaços para jogar xadrez ou ler livros da Coleção Vagalume, lançada em 1973, com obras voltadas para o público infantojuvenil. As mais vendidas foram “A Ilha Perdida”, “O Escaravelho do Diabo”, “Açúcar Amargo”, “Deu a Louca no Tempo” e “A Turma da Rua Quinze”. “A gente ‘brigava’ na biblioteca para ver quem conseguia pegar o título mais cotado”, relembra.

Os tempos são outros. “Você vê com a vivência que isso mudou. Hoje você é medido pelo tanto de curtidas e visualizações, não importa se é bom.” A Semana Literária do Sesc é oportunidade para reavaliar e “sair um pouquinho da cultura superficial que o mundo digital te dá”. Trata-se de um resgate à leitura de qualidade direcionado para quem mais precisa, as crianças.

A satisfação se reflete no brilho curioso dos olhos de quem visita o evento. O importante de todo esse trabalho, conclui Adalto Soares, é fazer com que a leitura esteja no dia a dia das pessoas, que seja trivial.

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