Em entrevista exclusiva ao Diário do Noroeste, a atleta fala sobre a expectativa para a decisão da Copa América, a primeira com a seleção principal
Neste sábado (2), às 18h, no Estádio Casa Blanca em Quito, Equador, a seleção brasileira feminina entra em campo para enfrentar a Colômbia, pela final da Copa América. Uma das esperanças de gol do Brasil na decisão é a atacante Amanda Gutierres, 25 anos, natural de Querência do Norte, Noroeste do Paraná, a 129 quilômetros de Paranavaí.
Antes da finalíssima, a camisa 9 do Brasil concedeu entrevista exclusiva ao Diário do Noroeste e falou sobre seu momento com a camisa da seleção, da preparação para a decisão e relembrou do seu inicio no futebol.
“É minha primeira competição pela seleção principal. Pra mim é um momento especial ajudar a fazendo gols”, disse a atacante, que além do título da competição entrará em campo em busca da artilharia da Copa América. Amanda é vice artilheira com 5 gols, um a menos que a paraguaia Claudia Martinez, que já deixou o torneio.

Foto: Lívia Villas Boas/CBF
Para a decisão contra a Colômbia, Amanda destacou que o grupo trabalhou muito e que os últimos ajuste são os mais importantes. “Estamos preparadas pra esse grande jogo”, afirmou.
O Brasil entra em campo para defender a hegemonia na Copa América, das 9 edições venceu 8 vezes, sendo a última em 2022. Com a classificação para a final, a seleção brasileira já garantiu vaga nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, Estados Unidos, em 2028.
A atacante falou sobre a emoção de atuar ao lado de Marta, a maior jogadora de futebol de todos os tempos.
“Jogar ao lado da Marta é um sonho que estou realizando. Ela é uma atleta e um ser humano incrível. A humildade dela é fora do normal, trata todo mundo super bem. Dentro de campo, é absurda”, contou.
A atacante não vive um bom momento apensa com a camisa da seleção brasileira, ela também vem marcando história pelo Palmeiras, sua atual equipe. Com 56 gols, Amanda é a maior artilheira do clube no futebol feminino.
Mas para chegar ao sucesso que vem tendo atualmente, a atacante precisou superar diversos desafio. Em Querência do Norte, ela começou jogando bola com os meninos da cidade e depois passou a treinar futsal com outras meninas.
A mudança para São Paulo foi um divisor de águas. “Sair de casa foi difícil. Ir pra São Paulo sem ter nada certo foi mais ainda. Mas minha tia e minha prima me ajudaram. Fomos atrás de clubes e, um ano depois, eu já estava na Seleção Sub-17. Foi quando tive a certeza: está tudo no caminho.”

(Foto: Lívia Villas Boas/CBF
Antes de chegar ao Palmeiras, ela passou pelo Bordeaux da França, Santos FC, Foz Cataratas e Embu das Artes.
Para ela, viver do futebol é mais que uma realização pessoal. É uma forma de inspirar outras jogadoras mais novas e até mesmo pessoas acima da sua idade. “Independentemente da situação não desista dos seus sonhos, vai ser difícil, cansativo, mais é isso, pra chegar na glória tem que passar pela luta”, destacou.
Sobre o futuro no futebol, ela afirmou que deseja continuar conquistando títulos, alcançar marcas individuais e o maior deles que é disputar a Copa do Mundo.