Dr. Sérgio Luiz Carlos Dos Santos, (PhD)
O exercício físico e a prática esportiva nunca foram tão proeminentes em nossa sociedade, como atualmente. Os benefícios desta prática são prescritos por médicos, psicólogos, professores e pais, e sua busca aumentou expressivamente, na última década.
Em dados do Ministério da Saúde, encontramos um acréscimo significativo de 6,4%, muitos estão praticando exercícios físicos com regularidade. Isso se deu com maior frequência entre as mulheres, passando de 22,2%, em 2009, para 31,3% em 2021. Já para a população masculina, os dados apontam variação de 39,8% a 43,1%, no mesmo período. (Fonte: Brasil 61).
Com a pandemia da Covid-19, a busca por esportes em ambientes abertos foi bastante significativa; por exemplo, a venda de bicicletas ganhou números expressivos, segundo a Folha de São Paulo, esse acréscimo foi de 34,17% no primeiro semestre de 2021, comparado com o mesmo período de 2020.
O aumento da imunidade, através da prática da atividade física, acontece porque durante e após os exercícios físicos, nosso metabolismo libera moléculas (O exercício físico provoca mudanças no nosso corpo a nível molecular. É o que comprova um estudo divulgado em maio deste ano pela Escola de Medicina da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, segundo o qual quase dez mil moléculas são alteradas durante e após a atividade física. Fonte: geglobo.com), e estas são aproveitadas no estimulo da elaboração de anticorpos, controlando os procedimentos inflamatórios e realizando a conservação dos tecidos corporais.
Neste metabolismo, nosso sistema imunológico realiza a regulagem dos organismos de defesa, produzindo os anticorpos para combater infecções, inflamações e metabólitos prejudiciais.
Assim concluímos que o exercício físico aumenta nossa imunidade, com a produção dos devidos anticorpos para combate das possíveis e oportunistas infecções.
Feito esse preâmbulo, podemos dizer que os benefícios do exercício físico e dos esportes são incontáveis, sem abordar a parte psicológica e o aumento da qualidade de vida para todas as idades.
Mas existe uma preocupação dos cientistas do esporte – o uso indiscriminado de anabolizantes pela juventude – buscando aumentar o volume de sua massa muscular e da força, utilizando indiscriminadamente tais substâncias, altamente prejudiciais ao processo metabólico do organismo humano. A correta denominação científica é Hormônios Esteroides Anabólicos Androgênicos (EAA) e consiste na produção de testosterona e de seus derivados. Há uma produção natural no organismo humano (testículos e no córtex adrenal), e promovem as características sexuais secundárias associadas à masculinidade.
O uso dos EAA, deve ser prescrito por médicos, para tratamento de sarcopenias, do hipogonadismo, do câncer de mama e da osteoporose, porém nos últimos anos, eles vem sendo utilizados indiscriminadamente nos esportes (fisiculturismo e em modalidades cuja valência física predominante é a força – levantamento de peso, lutas e no atletismo – lançamento de peso e arremesso de martelo, disco e dardo; e provas de explosão muscular – 100m ou 200m rasos, por exemplo), todavia os efeitos sobre o desempenho atlético permanecem, ainda, controversos. Os EAA podem causar diversos efeitos colaterais, como psicopatologias, câncer de próstata, doença coronariana e esterilidade. Fica nosso alerta para os jovens que buscam aumentar seus músculos com estes controvertidos e ilegais meios, mesmo porque o fator genético será sempre predominante; os esportes e exercícios físicos devem ser praticados para alcançar a homeostase e aumentar nossa qualidade de vida.
Fica a dica moçada!!!!