A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) manteve a bandeira tarifária verde em julho para todos os consumidores conectados ao SIN (Sistema Interligado Nacional). Nela, não há acréscimos sobre a tarifa da energia do consumidor. É o terceiro o anúncio de bandeira verde realizado pela Aneel desde o fim da bandeira escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 até abril deste ano. Segundo a agência, a bandeira verde foi escolhida devido às condições favoráveis de geração de energia elétrica.
Para os consumidores beneficiários da tarifa social, que não precisaram pagar a bandeira escassez hídrica, a bandeira válida desde dezembro de 2021 é a verde.
Também no mês de julho começam a valer os novos valores de bandeiras tarifárias amarela e vermelha, que foram reajustados em até 64% pela agência reguladora. A expectativa do mercado, porém, é que as taxas extras não sejam necessárias em 2022, diante da recuperação dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas.
O valor da bandeira amarela, mais barata, terá reajuste de 59,4% e passará a custar R$ 2,989 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. Já o da bandeira vermelha nível 1 sobe 63,8%, para R$ 6,50. A bandeira vermelha nível 2, mais cara, aumenta 3,2%, para R$ 9,795. O que são as bandeiras tarifárias? O sistema de bandeiras tarifárias foi adotado em 2015 para indicar, na conta de luz, os custos da geração de energia elétrica. As três cores usadas nas bandeiras -verde, amarela ou vermelha- imitam o alerta de um semáforo para sinalizar o nível de preço para se manter a oferta de energia.
As tarifas de energia e as bandeiras não são a mesma coisa. As tarifas são a maior parte da conta de luz e servem para cobrir os custos de geração, transmissão e distribuição da energia elétrica, além dos encargos setoriais. Já as bandeiras refletem os custos da geração, que são variáveis de acordo com a fonte.
FolhaPress