Adaptação e tradução: Tatiane Ichitani
Considerar os animais como membro da família não é comum em diversas culturas, porém ele é uma característica presente na vida familiar na maioria das culturas modernas. Cerca de 90% dos donos de animais os consideram membros de suas famílias. Eles desenvolvem um sistema emocional familiar equilibrado a partir da integração de animais na rotina diária.
A casa é o habitat humano. Animais de estimação são permitidos nas casas desde que tenham comportamentos adequados e respeitem certos limites. Seus donos geralmente não os veem como completamente humanos, então eles tendem a demarcar os limites com relação a espaços permitidos e restritos para esses animais, atribuídos com características antropomórficas, considerando suas características não-humanas.
Os padrões de interação entre as pessoas e seus animais de estimação sugerem uma oscilação entre considerar animais de companhia como humanos e civilizados, e considerá-los como não-humanos. A incorporação de um novo membro na família implica que ele deve se adaptar às regras, bem como o sistema antigo deve ser modificado para incluí-lo.
As crianças começam a ver a estrutura familiar humano-animal como normal. Quando se tornam adultos e formam suas famílias, um animal de estimação acaba sendo incorporado à estrutura familiar para completá-la.
Transformar animais em membros da família é uma via de mão dupla, como o que se desenvolve em qualquer outro relacionamento, onde eles têm um papel ativo na escolha de fazer parte da família, e modifica e descreve ativamente as regras dessa convivência.
Artigo original em doi.org/10.24215/2422572Xe036.
(retirado de caoterapeuta.org.br)