Trabalho desempenhado foi reconhecido por autoridades locais durante a abertura da Semana da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla nesta quinta-feira (21)
MONIQUE MANGANARO
Da Redação
Instrumento de inclusão e aprendizagem, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Paranavaí atende, atualmente, 358 pessoas que convivem com algum tipo de deficiência intelectual. Da educação infantil ao ensino de jovens e adultos, a instituição acolhe e garante ensino de qualidade visando o bom desenvolvimento e a integração social dos estudantes.
O trabalho desempenhado pela Apae foi reconhecido por autoridades locais durante a abertura da Semana da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla nesta quinta-feira (21). A cerimônia marcou o início de uma série de atividades promovidas pela instituição para chamar atenção para a iniciativa nacional. O propósito é dar visibilidade, estimular a inclusão e combater o preconceito.

Foto: Ivan Fuquini
Passeata – Entre as mais importantes ações que serão realizadas até o próximo dia 28 está uma manifestação contra a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7796, que questiona a existência de escolas especializadas como as Apaes no Paraná. A passeata ocorre no sábado (23), com a presença das Apaes de Paranavaí e Loanda. A concentração será na Praça dos Pioneiros, às 9h.
A ação, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), discute a constitucionalidade das leis estaduais nº 17.656/2013 e 18.419/2015, que garantem o apoio financeiro às instituições especializadas.

Foto: Ivan Fuquini
Números – Atualmente, o Paraná tem 343 escolas especializadas, entre elas as Apaes, que atendem mais de 40 mil estudantes com deficiência no estado. Segundo o Governo Estadual, essas instituições recebem um investimento anual de R$ 480 milhões, assegurado por um termo de colaboração firmado em 2023.
Caso a ADI seja julgada procedente, o Estado poderá ser impedido de repassar recursos a essas entidades.
Visão – A diretora da Apae de Paranavaí, Nadyesda Martinez, considera a mudança um retrocesso diante das conquistas já obtidas pelas Apaes. Ela explica que o projeto defende uma inclusão mais radical da pessoa com deficiência no ensino regular, o que, para ela, deve ocorrer de forma cautelosa, para que o estudante seja preparado antes de ser inserido em uma sala de aula comum.

Foto: Ivan Fuquini
Segundo ela, o modelo de trabalho das escolas especializadas do Paraná vem atingindo bons resultados. “O aluno é respeitado no seu tempo de aprendizagem, no seu tempo de desenvolvimento. São turmas reduzidas, a gente estuda caso a caso. É uma inclusão que acontece com responsabilidade no atendimento individualizado do aluno e na socialização também dentro da escola, o que não é possível acontecer no ensino regular por causa do número de alunos que são matriculados”, avalia.
A caminhada em apoio às escolas especializadas do Paraná tem acontecido em várias cidades do estado. Em Curitiba, a manifestação reuniu mais de 10 mil pessoas.
(Com informações da Agência Estadual de Notícias)