Estudos confirmam que a cefaleia, ou a conhecida dor de cabeça, é um problema comum em várias fases da vida, inclusive na infância. Pesquisas apontam que aproximadamente 70% dos adolescentes entre 12 e 15 anos se queixam das dores a cada três meses. Para cerca de 30% desse público, o incômodo aparece semanalmente.
Na maior parte dos casos, as dores de cabeça não costumam indicar problemas graves. Contudo, é válido buscar a causa do desconforto e possíveis tratamentos, uma vez que o incômodo pode atrapalhar o desenvolvimento de atividades básicas do cotidiano.
A médica pediatra Agnes Andrade explica que as causas das dores de cabeça são inúmeras. Podem incluir enxaquecas, estresse e tensão, trauma, sinusite, problemas oculares/visão e infecções como dengue, ou idiopática (sem causa identificada).
Alguns alimentos que levam conservantes de nitrato e glutamato monossódico também podem desencadear dores de cabeça. Já na parte psicológica, quadros de ansiedade e depressão podem apresentar esse sintoma.
Mas, afinal, quando uma dor de cabeça deve ser sinal de preocupação por parte dos pais? Segundo a pediatra, existem alguns indícios:
- quando a dor é muito recorrente e afeta as atividades do dia a dia;
- início súbito (ex: nunca tinha, e há dois meses iniciou com dores recorrentes);
- intensidade alta a ponto de precisar interromper as atividades do dia a dia ou considerada a pior dor que já sentiu;
- acordar pela dor;
- mudança no padrão da dor;
- associação com outros sintomas como: tontura, desequilíbrios, estrabismo, perda de força, alteração visual, fala ou motora;
- perda de peso.
“Nesses casos, uma avaliação pediátrica bem feita, com boa anamnese e exame físico, ajudam a esclarecer a causa da dor”, explica.
De acordo com a médica, o primeiro passo é eliminar causas secundárias para a dor, por exemplo tumores, aneurismas e outros. Por isso, em alguns casos, pode ser necessária a realização de exames de imagem para complementar o diagnóstico e até acompanhamento em conjunto com o neurologista pediátrico.
Uma vez afastado qualquer indício de problemas mais graves, o especialista pode investigar outras possíveis causas para a dor para chegar a uma solução eficiente.
“Fique atento aos sinais e, se necessário, procure o médico pediatra de sua confiança para, juntos, identificarem a causa das dores de cabeça”, orienta a profissional.
SERVIÇO
Agnes Andrade – Médica pediatra (CRM 42.960 // RQE 31.841)
Endereço: Rua Manoel Ribas, 1978, Parque São Lourenço, ICT Clínica, em Paranavaí
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