DA FOLHAPRESS
O Corinthians anunciou, nesta segunda-feira (27), o fim da passagem de Paulinho pelo clube. Direção e atleta não chegaram a um acordo para a renovação do contrato, que expira no fim de junho, e foi decidido que a partida de terça (28), contra o Racing-URU, pela Copa Sul-Americana, será a última do jogador em preto e branco.
A saída do volante se dá uma semana após a despedida de Cássio, outra das figuras importantes nas conquistas alvinegras de 2012. Com o adeus do meio-campista, não restará na agremiação do Parque São Jorge nenhum dos jogadores que estiveram em campo nos triunfos daquele ano, na Copa Libertadores e no Mundial.
Paulinho, se de fato enfrentar o Racing, deixará o Corinthians com 219 partidas. Contratado em 2010, ele partiu em 2013, com quatro títulos -ganhou também o Campeonato Brasileiro de 2011 e o Campeonato Paulista de 2013. Passou por Tottenham, Guangzhou, Barcelona e Al-Ahli antes de voltar, em 2022.
O retorno foi marcado por problemas físicos, e uma lesão de ligamento no joelho forçou o clube a renovar seu contrato até o meio deste ano. O atleta topou uma redução salarial para permanecer, porém não aceitou novo corte desta vez. Assim, decidiu sair pela última vez do time pelo qual torcia na infância e com cuja camisa marcou 40 gols.
“Infelizmente, os ciclos chegam, né? Uns se encerram, outros se iniciam. Esta decisão foi pensada com a família. Acho que a palavra mais correta é gratidão, por tudo o que o Corinthians me proporcionou. O Corinthians me transformou em um jogador de seleção brasileira, fez com que eu chegasse a clubes europeus”, afirmou, em entrevista ao canal oficial do clube.
“Eu devo uma boa parte da minha vida ao Corinthians, porque é o clube que eu amo, todos sabem disso, é um clube pelo qual a minha família é apaixonada. E o Corinthians, como eu brinco, é uma cultura. Para estar aqui, você tem que entender o que é a cultura que se chama Corinthians. Eu entendi ao longo destes anos”, acrescentou.
Paulinho, que completará 36 anos em julho, não pretende se aposentar. Como fez apenas seis jogos no Campeonato Brasileiro, ele ainda pode defender outra equipe na competição. “Infelizmente, chega este momento de despedida, que é ruim, porém eu olho para trás e enxergo que dei o meu melhor com esta camisa”, concluiu, emocionado.