Depois de um duelo em que o medo de perder foi maior do que a vontade de vencer, Palmeiras e Atlético-MG terão um novo confronto nesta terça-feira (28), às 21h30, no Mineirão, valendo uma vaga na final da Copa Libertadores.
No Allianz Parque, onde os donos da casa abdicaram de atacar e os visitantes desperdiçaram um pênalti, as equipes empataram em 0 a 0. Se a história se repetir, haverá disputa por pênaltis. Eventual igualdade por outro placar favorecerá a formação alviverde, pelo critério dos gols fora de casa. O SBT e a Conmebol TV exibem o confronto.
O Atlético-MG vem apresentando um futebol superior e tem ótimos números recentes em casa: não perdeu nenhuma de suas últimas 13 partidas como mandante e não é vazado há oito. O Palmeiras, porém, vem se saindo bem longe de seus domínios na Libertadores: a equipe tem o recorde da competição, até aqui com 14 jogos de invencibilidade como visitante.
Se chegar a 15, o time paulista no mínimo terá a chance de tentar a sorte nas penalidades. E não será surpresa se o comportamento em Belo Horizonte for defensivo. O técnico Abel Ferreira gosta do contra-ataque, e os resultados recentes contra adversários mais fortes não têm sido bons -no Campeonato Brasileiro, não venceu nenhum dos rivais que estão entre os seis primeiros.
Foram seis derrotas e um empate contra os atuais membros do chamado G6 (Atlético-MG, Fortaleza, Flamengo, Red Bull Bragantino e Corinthians), incluindo um 2 a 0 para os atleticanos. No sábado (25), o Palmeiras perdeu o clássico para o Corinthians, por 2 a 1, em Itaquera, o que aumentou a pressão sobre Abel.
O técnico português vive seu momento de maior contestação no clube. O cenário é bem diferente do observado no começo do ano, quando houve a decisão da última edição da Libertadores, estendida até janeiro por causa da pandemia. Na ocasião, a equipe superou o Santos na final e conquistou o bicampeonato.
Na temporada 2021, porém, nenhuma taça foi erguida até aqui. Houve derrotas na Supercopa do Brasil, na Recopa Sul-Americana, no Campeonato Paulista, e na Copa do Brasil. Nova eliminação, sobretudo na sequência de uma derrota para o maior rival, pode tornar o ambiente bem complicado.
Cuca está ciente de tudo isso. E entende que poderá usar o momento negativo do adversário para ter vantagem. “O Palmeiras perdeu um clássico, sempre é uma cobrança muito grande”, afirmou. Os atleticanos também terão outro benefício, este externo. Afinal, poderão ter um público de até 30% da capacidade do Mineirão.
O comandante atleticano, contudo, poderá ter desfalques importantes. Ele ainda não sabe se contará com Diego Costa, Savarino e Keno. O trio se recupera de lesões, e a definição se estarão à disposição só deverá ocorrer horas antes do jogo.
Abel, por outro lado, pode mandar a campo a escalação que julgar ser a ideal. Como de costume, ele não adiantou sua formação, mas apontou o que espera de seu elenco. “Somos os atuais campeões e vamos defender o título com unhas e dentes”, disse. “Enfrentamos um time cascudo, que fez investimento grande, mas, com nossas armas e inteligência, vamos entrar competitivos.”
Se ele alcançar sua meta, o Palmeiras vai repetir pela primeira vez o feito que conseguiu em 1999 e 2000, quando disputou a final do torneio continental em duas temporadas seguidas -no primeiro ano, conquistou o inédito título sobre o Deportivo Cali (COL); na segunda tentativa, perdeu a final para o Boca Juniors (ARG).
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