REINALDO SILVA
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Com apenas um voto contrário, a Câmara de Vereadores aprovou, em primeira discussão, a inclusão do Dia Municipal do Atirador Desportivo no calendário oficial de Paranavaí. O projeto será levado novamente ao plenário na próxima semana para a segunda votação.
O texto é assinado por sete parlamentares: Luís Paulo Hurtado, Leônidas Fávero Neto, Fernanda Zanatta, Amarildo Costa, Delcides Pomin Junior, Zenaide Borges e José Galvão.
A proposição é justificada como homenagem a “uma atividade que cresce cada vez mais, não só no Município de Paranavaí-PR, mas em todo Brasil”. De acordo com o projeto de lei, os atiradores desportivos disputam campeonatos locais, nacionais e até mundiais e buscam “acabar com o rótulo negativo que se vincula a questão relacionada às armas de fogo”.
A argumentação segue: utilizam somente armas adquiridas legalmente e devidamente registradas no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), do Exército Brasileiro.
Dezenas de participantes de clubes de atiradores, caçadores e colecionadores de armas de fogo acompanharam a sessão de segunda-feira (30) e receberam elogios dos vereadores Luís Paulo e Doutor Leônidas.
Também ouviram as palavras de Maria Clara, única parlamentar a se posicionar contra a instituição da data comemorativa. Ela avalia que incluir o Dia do Atirador Desportivo incentiva a aquisição de armas de fogo, comprovadamente responsáveis por acidentes domésticos e casos de violência, inclusive com mortes.
Maria Clara explicou que o voto contrário não desmerece os atiradores, a quem respeita, mas reforça o posicionamento que defende no dia a dia. Concordar com o projeto de lei seria contrariar os próprios princípios.
Doutor Leônidas contra-argumentou: “Ter o Dia do Atirador Desportivo é diferente de pedir a liberação de armas”.
Luís Paulo informou que para se tornar atirador, caçador ou colecionador é necessário passar por uma série de avaliações, por exemplo, de antecedentes criminais e condições psicológicas. São pessoas idôneas e preparadas para terem armas, disse. Por isso, o grupo não representa risco à sociedade.
