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EXCLUSIVIDADE

As dores e os benefícios de ter um nome diferente

Aleksa Marques / Da Redação

Imagine crescer em uma cidade na qual o nome Maxilaine é comum. Em Nova Andradina, no Mato Grosso do Sul isso acontece. “Lá esse nome é normal igual

Foto/Arquivo Pessoal

Maria, mas a maioria se escreve com X. É só digitar nas redes sociais e se divertir”, disse Makcilaine Freire, da dupla Maks Freire & Alex. Filha de Aparecida de Souza e Américo de Souza Freire, Maks conta que a vizinha de sua mãe tinha uma filha com esse nome. Ela então anotou em um papel e disse que colocaria em seu bebê quando tivesse um.

Quando vai fazer algum cadastro, por exemplo, Maks diz que sempre precisa soletrar o nome. “M-A-K-C-I-L-A-I-N-E, não tem X, não tem R. Para abreviar deixei Maks e se lê Max e não Marks como muitas pessoas insistem em dizer”, enfatizou. Exclusividade para alguns, sofrimento para outros. “Eu gosto muito, principalmente porque já nasci com nome artístico”, brinca a cantora.

Estudos comprovam

Um dos fundadores da psicologia da personalidade, Gordon Allport, afirmou em 1961, que o ponto de ancoragem mais importante para nossa identidade é o nosso nome. Segundo ele, o nome influencia (e muito) na personalidade da pessoa.
Uma pesquisa feita em 2011 na Alemanha mostrou que nomes comuns e incomuns estão associados a vantagens e desvantagens, e que os futuros pais deveriam estar cientes dos prós e contras, não importando que tipo de nome eles dessem aos filhos. Nomes mais aceitáveis socialmente estão atrelados a pessoas mais carismáticas e meigas. Nomes diferentes a pessoas mais estressadas e tristes.
A ideal seria encontrar um equilíbrio ou ignorar tudo isso e colocar na criança o nome desejado. Dona Maria, mãe de três meninas, ignorou essa lógica.

Irmãs unidas

Glaura, Glenda e Glayara Zanini são irmãs. Glaura tem 37 anos, Glenda tem 34 e Glayara 30 anos. Filhas de José e Maria, nomes comuns. Não satisfeitos com os nomes únicos de suas filhas, eles acrescentaram mais um. Todas elas têm nomes compostos: Glaura Ignes, Glenda Nayara e Glayara Dulce.

Ela explica que sua mãe é professora de Letras aposentada e leu um livro de Manoel Inácio da Silva Alvarenga na faculdade, mas ainda não conhecia o pai de suas filhas. Neste conto a personagem principal se chamava Glaura, o que chamou muito a atenção de Maria. Ela então fez uma promessa de que quando tivesse uma filha colocaria esse nome. E assim o fez. “Anos depois, quando nasci, ela enviou um xerox via Correios para mostrar para seu professor que havia cumprido sua promessa”, explicou Glaura.

Em sua segunda gravidez, enquanto assistia a um filme com o marido, Maria se encantou com o nome da personagem principal que de fada se transforma em bruxa: Glenda. “Por sorte, esse nome combinava com Glaura e assim ficou”, concordou a irmã.

A caçula Glayara não teve muita escolha e ganhou a combinação dos nomes das irmãs mais velhas. Você se lembra que todas elas possuem nomes compostos, certo?

Pois bem. “A mais nova não tinha ainda um segundo nome e minha mãe, precisando de um terceiro nome de menina e exótico (claro), e que combinasse com os nomes das mais velhas, fez a junção de Glaura + Nayara (segundo nome da Glenda), surgindo assim a GLAYARA”.

“Todas nós, sem exceção, amamos os nomes principalmente por sermos “exclusivas!”, disse Glaura que mora com a família em Tamboara.

Além disso, ela compartilhou que existe uma cidade em Minas Gerais com o mesmo nome e que não quis manter o legado da família de nomes diferentes, mas homenageou seus pais. Seus filhos se chamam José Luiz e Maria Fernanda.

Glaura lembrou ainda que nem todas as pessoas conseguem entender seu nome logo de início, mas que está tudo bem. “Me chamam de Laura, Gláucia, Glória, Lara e até Isaura”, brincou. “Ah, e quem me lembrou isso foi meu marido, o Odinei”, e terminou.

Alguns leitores enviaram em nossas redes sociais sugestões de nomes que consideram diferentes e exclusivos. Confira algumas delas:

Geronildo

Jaroslau

Bárbara + Romeu = Bartolomeu

Kunhavalick

Irmãos: Waldemir, Waney, Wanieire, Wania e a mãe deles Percídia

Carlos + Luiza = Cariza

Valíria casada com Sonilto

A família: Luiza, Lúcia e as filhas Ludiane e Larissa

Tâmara

Os pais: Laura e Ângelo. Os filhos: Divanete, Janete, Odete, Ivete, Rosanete, Oziel e Roberval

E você, tem algum parente ou amigo com um nome único?

Foto/Arquivo Pessoal

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