*Renato Benvindo Frata
Hoje se comemora o 1º de abril, consignado à MENTIRA.
Historicamente não há certeza sobre o seu nascedouro, de modo que até a história mente sobre essa verdade. Uns apregoam ter sido criado na Roma Antiga, em um festival chamado Hilária; na Índia em um (festival de dois dias, que celebra a chegada da primavera e o triunfo do bem sobre o mal); também o famoso ‘Poisson d’Avril’ na França – Peixe de abril – que remonta a séculos comemora a mentira. Na Alemanha o primeiro de abril como Aprilschertz foi registrado na Baviera em 1618 como dia da mentira. Na Galiza (Espanha), como o mesmo sentido, o dia é conhecido como dia dos enganos.
No Brasil – segundo a Wikipédia – o primeiro de abril teria começado em Minas Gerais pelo jornal ‘A Mentira’ -periódico de vida efêmera – lançado no 1º de abril de 1828, com a notícia do falecimento de Dom Pedro I, desmentida no dia seguinte. E assim seguiu até nossos dias.
Nas tradições éticas, alguns filósofos se contrapõem: Para Platão ela é permissível em alguma situação, enquanto para Aristóteles, Santo Agostinho e Kant, embora careçam fontes confiáveis, eles teriam dito que não. O fato é que a mentira, nesse mundão de Deus, ganha de roldão sobre a verdade no dia a dia.
Como se sabe, Mentira é uma afirmação falsa com a intenção de enganar o destinatário e nós aprendemos desde cedo que mentir é pecado e, por pecado, algo contra os padrões morais e à prática religiosa. Mas, nesse dia, as brincadeiras chamadas ‘de salão” são bem-vindas.
Todavia, no Brasil de todos os dias – Ah! o Brasil – a mentira é como a centopeia – corta-se lhe uma perna, mas ela terá outras noventa e nove para continuar caminhando. Mente-se sorrindo, mente-se sonhando, mente-se fazendo (ou não), mente-se a outrem e a si próprio) e, como não falar nas mentiras da política e da justiça?
Sem apontar o dedo, pergunto: nossos homens públicos e a grande imprensa mentem? Se mentem, há como aferir essas mentiras?
Alguém, por acaso, já ouviu o Presidente Lula dizer (basta procurar no YouTube) que: “uma mentira dita mil vezes se transforma em verdade”?
Pois é, ele copiou essa frase sabe de quem?
Nada menos que do Ministro da Propaganda do Terceiro Reich, Joseph Goebbels. Sim, aquele que fez da imprensa da Alemanha e todas dos países conquistados verdadeira porta-voz da política nazista, na propaganda hitlerista com temas de antissemitismo e ataques ao bolchevismo, com a finalidade de levar as populações a acreditarem na versão de sua história.
O resultado sabemos; não há necessidade de repetir.
Sem falsa modéstia, essa receita acima não é igual ao que está a acontecer nesse reino encantado chamado Brasil?
*Renato Benvindo Frata é contabilista, professor, advogado e presidente de honra da Academia de Letras e Artes de Paranavaí – Alap