“Falar da campanha Abril Marrom, mês de prevenção, conscientização e combate às doenças que causam cegueira, é mais que necessário, porque essa é a principal forma de levar informação à população. Muitas vezes, é só de informação que ela precisa. Quando essa Casa traz o tema para a discussão, cumpre sua responsabilidade social”, afirmou o médico oftalmologista Hamilton Moreira, no início da sessão plenária desta quarta-feira (13) da Assembleia Legislativa do Paraná. Ele usou o horário destinado ao Grande Expediente a convite do deputado Dr. Batista (União) autor da lei que instituiu a campanha no estado, em 2017. “Muita gente nunca ouviu falar de doenças da visão como o glaucoma, por exemplo. A campanha é um estímulo que fazemos junto ao Governo do Estado para promover essa conscientização. Agradeço a divulgação feita pela Secretaria Estadual de Saúde com ações e com material impresso e a presença do doutor Hamilton aqui na Casa”, destacou o parlamentar.
Segundo o oftalmologista, 40% da atividade cerebral são destinados a metabolizar as informações através da visão. “Em 70% de tudo o que fazemos em nosso dia-a-dia, dependemos da visão. Por isso, a importância de prevenirmos doenças que são evitáveis, como catarata, retinopatia diabética e o próprio glaucoma”, indicou.
O objetivo da campanha Abril Marrom é justamente alertar sobre a prevenção, combate e reabilitação aos diversos tipos de cegueira. Durante todo o mês, entidades médicas, hospitais, associações de pacientes e órgãos do Governo promovem atividades e eventos para levar informação à população sobre os cuidados com a visão. Abril foi escolhido por ser o mês em que é comemorado o Dia Nacional do Braille, no dia 8. A data é o nascimento de José Álvares de Azevedo (8 de abril de 1834), professor responsável por trazer, em 1850, o alfabeto Braille ao Brasil. O marrom foi a escolhido para a campanha por ser a cor de íris mais comum nos olhos dos brasileiros.
SUS – Investir em prevenção deixou de ser empecilho a partir do momento que o Sistema Único de Saúde (SUS) passou a ofertar consultas com especialistas, exames e os mutirões de cirurgias de catarata. Foram 12,8 mil cirurgias com internações hospitalares entre janeiro e maio de 2020; 232,6 mil procedimentos e 23,6 mil cirurgias em 2019. Em relação às consultas oftalmológicas, entre janeiro e maio de 2020, foram 2,5 milhões — em 2019, totalizaram 3,9 milhões. “São formas de melhorar a qualidade de vida das pessoas de graça. Promover a saúde ocular é também cuidar da vida”, finalizou Moreira.