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As vendas para cinco mercados representam 41% de tudo que o estado exportou no mês. O restante está distribuído entre outros 167 países
Foto: Gelson Bampi
As vendas para cinco mercados representam 41% de tudo que o estado exportou no mês. O restante está distribuído entre outros 167 países Foto: Gelson Bampi

PARANÁ

Atividade de comércio exterior melhora em agosto

As vendas de produtos paranaenses ao exterior chegaram a US$ 2,27 bilhões em agosto. A alta em relação ao mês anterior é de 12% e, contra agosto de 2021, de 35%. Da mesma forma as importações também cresceram, somando US$ 2,08 bilhões. Incremento de 2% na comparação com julho e, de 44%, quando avaliado o mesmo mês do ano passado. Com esses resultados, o saldo da balança comercial paranaense ficou superavitário em US$ 188,2 milhões e em US$ 112,7 milhões, em agosto e no ano, respectivamente.

Embora positivo, o saldo da balança comercial no ano é 96% menor do que o verificado no acumulado de janeiro a agosto de 2021. E este ano, mês a mês, o resultado vem oscilando. Dos oito meses analisados até agora, em apenas três ficou positivo, sendo maio o maior déficit registrado, em US$ 296 milhões.

Para o economista da Federação das Indústrias do Paraná, Evânio Felippe, o que ajuda a explicar a oscilação no saldo da balança ao longo deste ano tem a ver com as dificuldades na economia global herdadas da pandemia e agravadas pelo conflito na Ucrânia. “O valor das importações aumentou muito porque os preços de insumos e matérias-primas usadas na produção ficaram mais caros no mercado internacional. Mesmo as exportações tendo crescido, o percentual de alta das importações é bem maior, o que explica o saldo da balança comercial paranaense bem menor em 2022 na comparação com o ano passado”, justifica.

Outro fator que influencia nessa conta é a taxa de câmbio. Quanto mais caro o dólar, mais vantajoso é exportar produtos para o exterior. Quanto mais valorizada a moeda brasileira, menos competitivo fica o produto nacional lá fora. Em agosto, a taxa média de câmbio ficou em R$ 5,1433 centavos por dólar, uma apreciação de 2,1% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Em relação a julho, a moeda brasileira também se valorizou perante o dólar, com apreciação de 4,2%.

 

Produtos e mercados – A indústria de transformação foi responsável por 78% de tudo que o Paraná vendeu para fora do país em agosto. Nas importações, a participação do setor foi ainda maior, 93%. Quase 65% das vendas do mês estão concentradas em cinco grupos de produtos, que são soja (27% da pauta), carnes (17%), material de transporte (8%), açúcar (7%) e madeira (6%). Já entre o que foi comprado de fora, 75% pertencem a cinco principais itens: produtos químicos (35%), petróleo (13%), material de transporte (12%), produtos mecânicos (8%) e materiais elétricos e eletrônicos (6%).

De janeiro a agosto, os produtos mais vendidos da pauta foram soja (29%), carnes (18%), madeira (8,8%), material de transporte (7,6%) e papel e celulose (4%). Já os que o estado mais comprou este ano são produtos químicos (40%), petróleo (12%), material de transporte (10%), produtos mecânicos (9%) e materiais elétricos e eletrônicos (8%).

As vendas para cinco mercados representam 41% de tudo que o estado exportou no mês. O restante está distribuído entre outros 167 países. O destino principal das mercadorias paranaenses é a China. Para lá foram exportados 16% de tudo que foi negociado em agosto. Argentina (8%), Estados Unidos (7%), Irã (6%), Holanda (4%) vêm na sequência.

Em relação às importações, ocorreram negociações com 103 países no mês passado, mas 60% estão concentradas em cinco países, também com vantagem da China, 31% do total vendido para o Paraná, com destaque para produtos químicos (50%) e de informática, eletrônica e ópticos (17%). Em seguida aparecem Estados Unidos (16%), Argentina (6%), Paraguai (4%) e Alemanha (3,5%).

“Para o restante do ano, mantem-se a expectativa de um menor crescimento da economia mundial, principalmente na China, e do aumento da inflação e da taxa de juros nos Estados Unidos. Associada às incertezas quanto ao fim do conflito geopolítico na Ucrânia, esses são fatores que continuam influenciando a dinâmica da atividade de comércio no mundo”, conclui o economista da Fiep.

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