A atleta Valdiléia Martins, 34 anos, quebrou um tabu de quase cinquenta anos ao garantir vaga na prova do salto em altura nas Olimpíadas de Paris. A última vez que o Brasil teve uma representante na modalidade foi em 1976, quando Maria Luísa Betioli disputou os jogos de Montreal. Ela terminou em 25º lugar na qualificação com 1,75 m e não passou para a final.
Natural de Querência do Norte, Valdiléia se classificou pelo ranking mundial. Ela é a 29ª e vive a expectativa de realizar o grande sonho da carreira. “Estou confiante. Vou entrar para dar o meu melhor independente do resultado,” diz a atleta durante entrevista com o Diário do Noroeste.
A competidora também entra para um seleto grupo de brasileiras que disputaram a prova do salto em altura nos Jogos Olímpicos. Elizabeth Müller – Londres 1948, Deyse de Castro – Helsinque 1952, Aída dos Santos – Tóquio 1964 e Maria Cipriano – Cidade do México 1968, completam a lista. As informações são do site Olímpiadas todo dia.
Aída dos Santos tem a melhor participação brasileira. Ela ficou na quarta posição em 1964.
Os feitos de Valdiléia no atletismo não param por aí. Em 2024, ela foi a vencedora dos campeonatos Ibero-Americano e o Sul-Americano, além de se tornar a segunda brasileira a saltar a marca de 1,90m.
“No início do ano eu tracei um plano de chegar nas Olimpíadas mesmo sabendo que não seria fácil. Foi uma temporada desafiadora.”
Ao garantir a vaga para os jogos, a competidora conta que a sensação foi de dever cumprido. Agora, ela se prepara para as provas de Paris, que se iniciam no dia 1º de agosto. A delegação brasileira de atletismo viajou para Lisboa, Portugal, na terça-feira (23). No dia 28 vai para a França.
A saltadora avalia que a disputa dos Jogos Olímpicos está em alto nível e que seu primeiro objetivo é chegar na final.
Valdiléia atualmente mora em Bragança Paulista, São Paulo, e faz parte do time da Orcampi, uma das três melhores equipes de atletismo no Brasil.