DEMÉTRIO VECCHIOLI
DA UOL/FOLHAPRESS
De luto pela morte do técnico Luz Alberto de Oliveira, a CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) anunciou nesta quinta-feira (1º) a convocação de 52 atletas para disputarem os Jogos Olímpicos de Tóquio. A delegação é a maior da história do país em Olimpíadas disputadas fora do país. O recorde geral pertence à Rio-2016, quando o time teve 67 atletas.
Havia três formas de classificação para a Olimpíada. Uma era a obtenção de índices previamente estabelecidos pela World Athletics, a federação internacional de atletismo, antiga IAAF. Apenas 22 atletas brasileiros alcançaram essas marcas mínimas até terça (29), data-limite imposta pela entidade.
Dos atletas convocados pela Olimpíada no atletismo, 25 conseguiram a convocação pelo novo ranking da World Athletics, que dá uma pontuação previamente definida para cada marca de cada prova. Essa pontuação recebe bônus dependendo do nível do torneio e da classificação do atleta na prova. O ranking considera a média dos cinco melhores resultados de cada atleta.
O grupo foi completado com atletas do 4 x 100 m, tanto masculino quanto feminino, e do 4 x 400 m misto. O Brasil conseguiu vagas no 4 x 100 m masculino e no 4 x 400 m pelo Mundial de 2019. No feminino, a vaga veio pelo ranking, depois de a equipe ser eliminada por pisões na raia tanto nesse Mundial quanto no Mundial de Revezamentos deste ano.
Para as vagas cuja convocação dependia de critérios apontados pela CBAt e pela comissão técnica, nos revezamentos, as escolhidos foram Bruna Farias e Ana Cláudia Lemos, se somando a Rosângela Santos, Vitória Rosa e Ana Carolina Azevedo -que têm vaga em provas individuais-, além de Derick Souza, que se uniu a Jorge Vides, Rodrigo Nascimento, Felipe Bardi e Paulo André Camilo.
Aldemir Gomes vai a Tóquio para correr os 200 m, mas não está na convocação do revezamento.
No 4 x 400 m, o time será formado por Lucas Carvalho, Tiffani Beatriz, Anderson Henriques, Tabata Vitorino, Pedro Baurmann e Geisa Coutinho. Desses seis, só os dois primeiros correm as provas individuais.
Apesar da delegação gigantesca, o Brasil tem poucas chances de medalha em Tóquio. Os destaques são Alison dos Santos, o Piu, nos 400 m com barreira, com o quinto melhor resultado do ranking olímpico, Darlan Romani, quarto no arremesso de peso, e Erica Sena, quinta na marcha atlética.
O 4 x 100 m masculino chega como quarto do ranking de 2021, enquanto o feminino corre por fora.
Além deles, podem brigar por bons resultados Thiago Braz, oitavo no salto com vara, que, na quarta (30), fez seu melhor resultado no ano, 5,82 m, Almir dos Santos, 16º no salto triplo, Nubia Soares, sétima no triplo feminino, e Andressa de Morais, 12ª no lançamento do disco. Caio Bonfim chega como 12º melhor entre os classificados na marcha masculina.