De acordo com dados do Ministério da Saúde, no primeiro mês de 2025, foram registrados 170.376 casos prováveis de dengue, 38 mortes confirmadas e 201 sob investigação para a doença. Ainda segundo a pasta, 75% dos focos da dengue estão nas residências, e os condomínios, por comportarem mais pessoas em uma mesma localização, podem ser ambientes propensos à proliferação do mosquito Aedes aegypti, especialmente quando não há a devida fiscalização e cuidados com o acúmulo de água em áreas comuns, como caixas d’água, calhas e vasos de plantas.
A Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios (AABIC), entidade que congrega as maiores administradoras de condomínios do país e que é responsável por 53% de sua gestão, só na Grande São Paulo – tem intensificado seus alertas sobre a importância da prevenção e do controle de focos dentro desses espaços coletivos.
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“Os condomínios, com sua densidade populacional e estrutura física complexa, representam um desafio único no combate à dengue. Áreas comuns, como jardins, piscinas, caixas d’água, e até mesmo unidades habitacionais desocupadas, podem se tornar locais propícios para a reprodução do mosquito”, diz o presidente da AABIC, Omar Anauate.
A AABIC enfatiza que a responsabilidade de combater os focos de dengue dentro dos condomínios é compartilhada entre moradores, síndicos, administradoras e equipes de manutenção. “Ações simples, como a eliminação de recipientes que acumulam água, a limpeza regular de áreas comuns e o monitoramento de pontos de possível proliferação, são fundamentais para evitar a disseminação do mosquito”, fala.
Anauate lembra que, em muitos municípios, a Vigilância Sanitária tem efetuado vistorias nos condomínios, com a possibilidade de aplicação de multas quando observadas irregularidades que possibilitam a proliferação do mosquito transmissor. Neste sentido, a AABIC destaca algumas recomendações, para evitar problemas:
REALIZE INSPEÇÕES NAS ÁREAS COMUNS – Mantenha o escoamento de água desobstruído e sem depressões que permitam o acúmulo de água nas lajes, calhas e marquises, mantendo-os sempre limpos.
Outro ponto principal é realizar uma varredura no fosso do elevador. O local é um dos favoritos do mosquito Aedes aegypti por também acumular água. Além disso, o mosquito, ao procriar, acessa os andares. Na prática, o fato de não voar grandes altitudes não impossibilita que ele chegue até locais mais altos. O mosquito consegue transitar pelo elevador e subir em todos os andares.
As garagens também são áreas propícias para a procriação do mosquito. Neste caso, recomenda-se inspecionar os ralos externos e canaletas de drenagens para água das chuvas.
ESPAÇO DE LAZER: COM OU SEM USO – Caso o condomínio tenha uma piscina, é preciso redobrar a atenção. Além de realizar o tratamento adequado da água; guarde em um espaço fechado ou cubra os objetos que podem acumular água parada, como por exemplo, espreguiçadeiras, cadeiras e guarda-sol. Os brinquedos do playground também devem ser constantemente monitorados para evitar que se transformem em potenciais criadouros. Sanitários que não são utilizados diariamente, como de salão de festas ou da piscina, precisam ser vistoriados, assim como acionar a descarga semanalmente.