Numa cerimônia simples, mas carregada de emoção, aconteceu na tarde desta quinta-feira (28), no auditório da Subseção da OAB de Paranavaí, a solenidade de compromisso de novos advogados de sete até então bacharéis do Direito. A cerimônia foi presidida pelo conselheiro estadual da OAB, Anderson Donizete dos Santos. Para cumprir a normas sanitárias, foi limitado o número de convidados.
Além do conselheiro, participaram da Mesa de Honra, os presidentes das subseções de Paranavaí e Loanda, respectivamente, Célia Zanatta e Vadeir José Pereira; Jaime Moura Jorge Júnior, do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB; Carla Andressa Moura, da Comissão de Advocacia Iniciante (CAI); Denize Zorzi, delegada da Caixa de Assistência dos Advogados (CAA); e Angélica Giosa, coordenadora do Curso de Direito da Unipar-Paranavaí.
Após a execução do Hino Nacional os bachareis José Antônio Souza Dias, Amanda Frederico Satim, Gabriela da Silva Toral Novaes, Gustavo Ravagnani Thomé, Juliana Batista da Silva (Cruzeiro do Oeste), Patrícia Hattori de Lacerda (Loanda) e Sanatiel Hipólito dos Santos Júnior, fizeram o compromisso de novos advogados.
Após a promessa de exercer a profissão com ética e defender a Constituição e as leis, os novos profissionais receberam, de seus padrinhos, o termo de compromisso e a certificação de habilitação para o exercício da advocacia.
Emoção – Por deferência do presidente da Mesa, Anderson Donizete, todos os novos profissionais fizeram seu pronunciamento, (a primeira sustentação oral, como brincou ele) e usaram a tribuna para um breve pronunciamento, todos carregados de muita emoção.
Os novos profissionais foram unânimes em manifestar o sentimento de gratidão às famílias e a honra de poder passar a exercer uma profissão nobre e essencial à justiça. Também não esqueceram dos professores e reafirmaram o compromisso de exercer a advocacia com sabedoria, empatia e amor. Enfatizaram que a partir de agora têm prerrogativas, mas também deveres.
Relataram ainda que a cerimônia era um momento especial – alguns deles não tiveram colação de grau presencial, pois significava o coroamento de um período difícil, agravado pela pandemia que enfrentaram no meio do curso. Os novos profissionais dividiram a conquista com colegas, professores e familiares.
Na sequência usaram das palavras os advogados que participaram da sessão solene. Carla Moura saudou os novos profissionais e colocou o CAI à disposição para apoiar os novos profissionais. Denize Zorzi apresentou, de forma sucinta, as vantagens da CAA e os benefícios oferecidos por ela.
A professora Angélica destacou a importância da família na formação profissional e o quão ela é essencial também no desempenho profissional. Pediu que no exercício da profissão, os novos advogados não esqueçam de suas famílias.
Jorge Moura enfatizou que a não observância de qualquer dos compromissos assumidos pelos advogados naquele momento poderia ensejar uma falha ética e disciplinar e citou que sempre que forem procurados será por alguém em busca de socorro. E que ao abraçar a causa o façam com dignidade e respeito.
O presidente da OAB-Loanda, Vadeir Pereira, voltou ao clima de emoção, afirmando que os novos profissionais, “escolheram uma das profissões mais belas, mas também uma das mais árduas”, pois quando está atuando na área cível, o patrimônio do cliente está em jogo; e na criminal a vida e seu bem mais precioso, a liberdade, é que está em jogo. E apontou que a receita do sucesso do advogado é a união de força e coragem. “Quem estuda e tem coragem tem sucesso e sucesso é ser feliz. Sejam felizes”, desejou ele.
Por sua vez, a presidente Célia Zanatta (OAB-Paranavaí), confessou que preparou um pronunciamento por escrito, “mas o momento pede que eu fale com a alma”. Destacou que a aprovação no exame da Ordem é o maior desafio para se chegar à profissão e pediu que os novos profissionais tenham compromisso “não só com a lei, mas também e principalmente, com a justiça”.
Lembrou da estátua da deusa Themis (símbolo da Justiça) inaugurada recentemente no pátio da subseção. Estilizada, Themis se apresenta com o pescoço alongado, a venda não lhe cobre os olhos e as mãos apoiam a cabeça. Segundo ele, estas características são para mostrar uma Justiça que enxerga mais longe, que está com os olhos abertos e que pensa. “O primeiro juiz de uma causa somos nós, que vamos decidir se a aceitamos ou não”. Estimulou os novos profissionais a acreditarem no Direito, mas sobretudo na Justiça e finalizou afirmando que a advocacia não é para covardes. “Não tenham medo”, conclamou ela.
Ao encerrar a cerimônia, Anderson Donizete fez um trocadilho com os tipos sanguíneos (A+, B+, AB+, O+, A-, B-, AB-, O-). “Agora, na veia de vocês, correm outro tipo de sangue, o tipo OAB”, disse ele, que saudou os novos profissionais pela coragem em ser advogados.
“Não se curvem aos poderosos”, ensinou o conselheiro, lembrando que as prerrogativas profissionais “não são de vocês, mas dos seus clientes, estão a serviço deles”. Orientou a participarem das atividades da OAB, “que está a serviço de vocês” e de denunciar à Ordem sempre que seus direitos forem renegados.